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Diretor Mario Monicelli morre aos 95 anos na Itália
O cineasta dirigiu comédias como
"O Incrível Exército de Brancaleone"
Segundo assessoria do
hospital onde ele estava
internado para tratar de
uma doença terminal, o
cineasta se suicidou
ANDRÉ BARCINSKI
CRÍTICO DA FOLHA
Mario Monicelli, um dos
mestres do cinema italiano,
morreu ontem em Roma, aos
95 anos. O diretor se jogou de
uma janela do hospital San
Giovanni, segundo Anna
Scoltore, chefe do departamento de imprensa do hospital. Ele estava internado para
tratar de um problema terminal no pâncreas.
Em uma carreira de 75
anos, ele dirigiu algumas das
maiores comédias italianas,
como "Os Eternos Desconhecidos" (1958); "A Grande
Guerra" (1959); "Os Companheiros" (1963); "O Incrível
Exército de Brancaleone"
(1966) e "Meus Caros Amigos" (1975).
Monicelli trabalhou com
grandes atores, como Totò,
Aldo Fabrizi, Marcello Mastroianni, Vittorio Gassman,
Alberto Sordi, Sophia Loren,
Ugo Tognazzi, Giancarlo
Giannini e Nino Manfredi.
Seu cinema misturava humor e comentários ácidos sobre a luta de classes e a sociedade italiana. Era, no fundo,
um cineasta político, que
usava o riso para expor suas
ideias e convicções.
Um filme típico de Mario
Monicelli tem personagens
de classes sociais baixas metidos em algum plano mirabolante ou falcatrua, que
sempre fracassa.
Em "Os Eternos Desconhecidos", os atores Marcello
Mastroianni e Vittorio Gassman comandam uma trupe
de bandidos incompetentes
que tentam roubar um cofre,
mas acabam entrando na casa errada.
"O Incrível Exército de
Brancaleone" é uma sátira
sobre as lendas medievais.
Vittorio Gassman interpreta
uma espécie de Dom Quixote
que lidera um grupo de maltrapilhos pela Europa.
São filmes tão engraçados
quanto melancólicos, em
que o humor mascara uma situação social triste e a desesperança dos personagens.
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