São Paulo, domingo, 30 de dezembro de 2007

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comentário

Falta espaço para a ironia de Vilela

BIA ABRAMO
COLUNISTA DA FOLHA

Talvez seja efeito do furacão Miguel Falabella, talvez a falta de acabamento no texto de "Toma Lá, Dá Cá". O fato é que o Arnaldo de Diogo Vilela está um tanto aquém dos melhores trabalhos do ator.
No humorístico de Falabella, ele interpreta um dentista, casado com Rita (Marisa Orth) e ex-marido de Celinha (Adriana Esteves). O papel é o do chato e sem imaginação de plantão -e, como o humor de "Toma Lá, Dá Cá" não é dos mais sutis, sobra pouco espaço para a ironia de Diogo Vilela.
Embora sua atuação em "TV Pirata" seja das que logo vêm à memória quando se fala no ator, um de seus primeiros papéis notáveis foi em "Guerra dos Sexos" (1983), de Silvio de Abreu. Na novela, inspirada pelas chanchadas brasileiras e pelas comédias românticas holywoodianas, ele fazia Kico, um sujeito obcecado por Elvis Presley. Depois da experiência, ele se tornaria um dos atores prediletos de Abreu.
Além de novelas e da "TV Pirata", Vilela participou de algumas das melhores séries que foram produzidas nos anos 90, como "A Comédia da Vida Privada" (1995) e "O Auto da Compadecida" (1999). Seu tipo tímido, sua maneira de fazer graça meio insuspeita, mais evidente quando há humor mais bem elaborado, estão apagados em "Toma Lá, Dá Cá". Na verdade, o programa é das mulheres, muito mais do que os homens, com destaque para Arlete Salles, como Copélia, e Alessandra Maestrini, como Bozena.


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