São Paulo, sexta, 31 de janeiro de 1997.

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LITERATURA
Concurso paga total de R$ 270 mil
Prêmio Nestlé tem 795 obras inscritas

free-lance para a Folha

Setecentas e noventa e cinco pessoas se inscreveram para o Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira de 1997.
O número acaba de ser divulgado pela organização do evento, que se diz surpresa pela elevada quantia de participantes.
``Esperávamos cerca de 400 pessoas inscritas. Ficamos admirados com esse balanço'', afirmou o coordenador do concurso, Marcus Fernando Gasparian.
O Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira de 1997 é dividido em três gêneros: poesia, romance e conto, subdivididos nas categorias escritor consagrado e escritor estreante.
Considera-se escritor consagrado aquele que tenha publicado pelo menos um livro do gênero em que concorre.
As inscrições permaneceram abertas de 1º de setembro a 31 de dezembro.
A novidade deste concurso em relação aos anteriores é a exigência de que o autor tenha publicado pelo menos um livro, mesmo que a produção seja independente.
``Queremos descobrir novos talentos. Nossa intenção não é competir com as editoras'', explica Gasparian.
Em março, serão divulgados os nomes dos 18 finalistas, e, na primeira semana de maio, os dos seis vencedores.
Cada escritor estreante que ganhar recebe R$ 30 mil, e seu editor, R$ 10 mil. Já os autores consagrados levam R$ 50 mil, cada. No total, são R$ 270 mil em prêmios.
Poesia foi o gênero em que mais pessoas se inscreveram: 415, no total. Em seguida, vem romance, com 218 obras, e, em terceiro, conto, com 162.
A comissão julgadora que selecionará os 18 títulos finalistas é formada por nove intelectuais.
Entre eles estão o cientista político Paulo Sérgio Pinheiro e os diretores de teatro Gabriel Villela e Romero de Andrade Lima.
Uma comissão formada por 20 livrarias, 20 bibliotecas e 20 faculdades de letras do Brasil inteiro vai escolher os vencedores.
Segundo Gasparian, o critério para eleger essa comissão foi a ``qualidade'': ``Por exemplo, optamos por livrarias que não fazem parte de nenhuma cadeia de lojas e que sejam formadoras de opinião''.
(ERIKA SALLUM)

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