São Paulo, Segunda-feira, 31 de Janeiro de 2000


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RELÂMPAGOS

Avulsos

JOÃO GILBERTO NOLL

Ela nunca quis casar. Quando pequena acendia velas. E prometia, ao bruxuleio na parede, jamais conviver conjugalmente com outro corpo sob o mesmo teto. Olhem, ela entra num táxi. O motorista se desculpa pela confissão. Não esqueceu a noite do eclipse. Ela de branco com a mancha de vinho. Quando vira a cabeça, qual um príncipe indefeso, vê no banco tão-só uma garrafa de champanhe. "Alguém esqueceu", cicia em declínio. A léguas da efusão necessária a alguma borbulhante comemoração. O sinal fecha. Resta esse parvo, indiferente, irritante assobio...


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