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Crítica
"Lutador de Rua" faz bom uso de Charles Bronson
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
Hoje, pouca gente deve saber
quem é Walter Hill. No entanto, em seus bons dias ele foi um
cineasta dos mais significativos, capaz de fazer filmes como
"The Warriors" ou "48 Horas".
O último de seus filmes de
que tenho lembrança é um faroeste sobre Geronimo, dos
anos 90 -por sinal, muito fraco. "Lutador de Rua" (TCM,
0h15), seu filme de estréia, chama a atenção em primeiro lugar pelo bom uso que faz de
Charles Bronson, exigido como
personagem, na pele da vítima
da Depressão que vai se tornar
o lutador de rua do título.
A Depressão é o reduto favorito, e não sem motivo, do filme
social americano. Essa década,
de 30 a 40, está para o século
20 dos EUA mais ou menos como a Guerra de Secessão para o
19. Bronson, que normalmente
é não mais do que uma máscara, aqui não deixa de utilizá-la,
mas o personagem existe, vai
longe, e Bronson o acompanha
com desenvoltura. Terá a seu
lado o empresário James
Coburn: boa dupla em luta pela
vida e pela dignidade.
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