São Paulo, sábado, 31 de maio de 1997.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Lima abriga 48 mil peças

especial para a Folha, em São Francisco

Quem acusa os conquistadores de destruir os tesouros peruanos deve poupar críticas a pelo menos um descendente dos espanhóis. Rafael Larco Herrera era um senhor de terras que começou a colecionar vasos de cerâmica antigos em 1903.
Sua paixão pela arqueologia tornou conhecida a civilização cupinisque e salvou grande parte do patrimônio de seu país.
Numa visita à Espanha, nos anos 20, Herrera doou sua coleção para o Museu Arqueológico de Madri. Em 65, novamente se desfez de 600 peças e passou a coleção para o filho, Rafael Larco Hoyle.
Hoyle, um engenheiro agrônomo formado nos Estados Unidos, fundou, em 1926, o museu batizado com o nome do pai. Realizou ainda várias expedições arqueológicas e escreveu livros em que analisa seus achados. Foi por causa dele que a coleção se multiplicou.
Atualmente a família é dona da maior coleção arqueológica privada do mundo. No Museu Arqueológico Rafael Larco Herrera, em Lima, estão permanentemente expostas 48 mil peças.
"Críticos ingleses disseram que parecia um depósito", diz Augusto Alvarez Calderon, casado com a herdeira Isabel Larco. "Nossa intenção é mesmo deixar tudo nas prateleiras, para que estudantes e especialistas possam investigar seus significados." (AG)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Universo Online ou do detentor do copyright.