São Paulo, sexta-feira, 31 de maio de 2002

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MÚSICA/LANÇAMENTOS

HOUSE

Lojas recebem Dimitri from Paris, Alex Gopher e Rinôçérôse

Pop francês não perde a pose em três novos discos de peso

DA REPORTAGEM LOCAL

Se você gosta de pop dançante, três lançamentos de peso, saídos da França, vão engordar a sua listinha de compras de CDs.
O primeiro -e mais caro, já que não será lançado no Brasil- é o disco duplo do DJ e produtor Dimitri from Paris.
Depois de "A Night at the Playboy Mansion", compilação de músicas obscuras da era disco, lançado em 2000, ele retorna com "After the Playboy Mansion".
O DJ dividiu a coletânea, que soma duas horas de música, sob dois temas: "Laidback" (relaxado) e "Uplifting" (para acordar). Os discos também podem ser comprados separadamente.
No primeiro CD, prevalecem músicas para chill-out, mais recentes, com remixes de artistas como Grace Jones, Blaze e Deep Sensation. O toque do DJ está na sutil latinização das músicas.
O segundo disco traz as melhores surpresas. Como a faixa de abertura, "Candidate for Love", uma disco animada de TS Monk. Ou "Indigo Blues", do francês Llorca, uma disco-jazz latina, que lembra o primeiro disco de Dimitri, o lindo "Sacrebleu", de 96. O CD termina sensacional, com uma versão de Harold Melvin para "Don't Leave Me this Way".

French touch
Depois de estrear com o ótimo "You, My Baby & I", o produtor Alex Gopher retorna com outro disco de house chique, "Wuz".
Junto com Dimitri from Paris, Daft Punk, Cassius, Air e Etienne de Crécy, Gopher ajudou a criar o som conhecido como "french touch". O gênero, que misturava a house tradicional de Chicago e elementos do funk e do hip hop, inundou as pistas do mundo inteiro em meados dos anos 90.
Além de essencial como artista, Gopher tornou-se um vital promotor da música eletrônica francesa ao criar o selo Solid, ao lado de Etienne de Crécy.
No novo "Wuz", lançado há pouco no Brasil, Gopher trabalhou com Demon, DJ e produtor da nova geração, que estourou na França em 2000 com o hit "You Are My High".
A parceria Gopher-Demon rendeu um disco pulsante de house com acento tipicamente francês: música de pista influenciada pela disco music, com baixo sempre à frente e samples sutis de vocais femininos e de vozes robóticas.
Para quem prefere um som mais "humano", o disco novo do Rinôçérôse é imperdível.
"Music Kills me" é o segundo álbum do duo Jean-Philippe Freu e Patou Carrie, que costuma se apresentar com uma banda de apoio que varia entre oito e dez pessoas. E, sempre, guitarras.
O resultado são músicas ultradançantes, em que as guitarras têm papel fundamental.
O disco tem momentos bem roqueiros, como a faixa-título, que tem base à ZZ Top e vocais de blues sobre batida dançante. E outros completamente jazzy, à St-Germain, como a faixa "It's Time to Go Now". E outros totalmente house, como "Lost Love", bem à Stardust. A boa notícia é que o disco também saiu no Brasil. Prepare o vinho e se acabe com estilo. (CLAUDIA ASSEF)


After the Playboy Mansion    
Artista: Dimitri from Paris
Lançamento: Labels (importado)
Quanto: R$ 70, em média

Wuz     
Artista: Alex Gopher e Demon
Lançamento: Sum Records
Quanto: R$ 27, em média

Music Kills me    
Artista: Rinôçérôse
Lançamento: Sum Records
Quanto: R$ 27, em média




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