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São Paulo, quinta-feira, 31 de julho de 2003

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Autran enquadra a palavra

João Wainer/Folha Imagem
Paulo Autran durante ensaio da peça "Quadrante", em que interpreta textos de escritores como Manuel Bandeira e Rubem Braga



Ator volta amanhã a encenar o show "Quadrante", que completa 14 anos, e comenta momento cultural do país


VALMIR SANTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Um dos orgulhos confessos de Paulo Autran, 81, é pinçar dos 54 anos de carreira a lista de autores clássicos e contemporâneos que interpretou. Do grego Sófocles ao inglês Shakespeare, do francês Molière ao brasileiro Oduvaldo Vianna Filho, ele sempre foi um ator da palavra.
Mas faz 14 anos que seu xodó lítero-dramático não é exatamente uma peça, mas a reunião de romancistas e poetas em "Quadrante", o solo que concebeu e interpreta de quando em quando, sempre que o convidam.
A partir de amanhã, cumpre uma curta e rara temporada de três semanas no teatro Aliança Francesa, em São Paulo.
Autran interpreta, entre outros, Artur Azevedo, Monteiro Lobato, Rubem Braga, Mário Quintana, Millôr Fernandes, Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, os dois últimos como no tempo do programa da Rádio MEC, que apresentou entre 1957 e 1964, e cujo título empresta agora para o solo. Há ainda o contador de histórias Autran, que desfia memórias teatrais.
Em entrevista à Folha, o ator afirma que o país está "em compasso de espera" com o governo Lula e diz que jamais seria ministro da Cultura.


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