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Ator diz que saída é concluir "Chatô"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ator Guilherme Fontes afirma
que não tem como pagar a dívida
com a Finep porque o Ministério
da Cultura não libera a verba necessária para a conclusão de seu
filme "Chatô, o Rei do Brasil",
principal produto de sua empresa. Sem a conclusão do filme, sua
produtora não consegue gerar
caixa. Com isso, ele não consegue
pagar suas dívidas.
"Há quase um ano o Ministério
da Cultura está sentado em cima
do meu projeto. Com a conclusão
de "Chatô", minha empresa faria
caixa e pagaria as dívidas."
Fontes afirma que ele próprio, a
Finep, 14 multinacionais que patrocinaram o filme e dezenas de
pequenos produtores são igualmente vítimas nesse caso devido à
falta de recursos para a conclusão
de "Chatô". "Sei que meu projeto
é grandioso, mas sei quão grande
é a importância dele para a cultura do Brasil."
Fontes nega qualquer irregularidade na troca do cheque dado
como garantia do empréstimo
pela bilheteria de "Chatô". Segundo ele, a proposta foi aprovada
pelo conselho da Finep, o que demonstra a legalidade da operação.
Quando a troca foi feita, em maio
de 99, ele não imaginava que teria
problemas na conclusão do filme,
sustenta.
"A troca de garantias é processo
comum. Além da renda do filme,
há todo o meu equipamento como garantia. E esse equipamento
atinge o valor necessário."
O ator contesta os cálculos feitos
pela assessoria jurídica da Finep,
que apontam que a dívida já atingiu R$ 3,4 milhões. "Tenho a memória de todos os pagamentos
que já fiz e sei que a dívida não é
tão grande."
Ele diz que a Finep só entrará na
Justiça, se isso se confirmar, devido à pressão da imprensa. "De
tanto que a imprensa pede que a
Finep entre na Justiça, talvez um
dia ela entre."
Fontes diz que os equipamentos
de sua empresa de finalização de
filmes podem não ser os mais modernos. "Mas ela é a mais produtiva do Brasil, com capacidade de
finalizar dezenas de filmes, além
do meu."
(OC)
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