São Paulo, quinta-feira, 31 de agosto de 2000


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Ator diz que saída é concluir "Chatô"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ator Guilherme Fontes afirma que não tem como pagar a dívida com a Finep porque o Ministério da Cultura não libera a verba necessária para a conclusão de seu filme "Chatô, o Rei do Brasil", principal produto de sua empresa. Sem a conclusão do filme, sua produtora não consegue gerar caixa. Com isso, ele não consegue pagar suas dívidas.
"Há quase um ano o Ministério da Cultura está sentado em cima do meu projeto. Com a conclusão de "Chatô", minha empresa faria caixa e pagaria as dívidas."
Fontes afirma que ele próprio, a Finep, 14 multinacionais que patrocinaram o filme e dezenas de pequenos produtores são igualmente vítimas nesse caso devido à falta de recursos para a conclusão de "Chatô". "Sei que meu projeto é grandioso, mas sei quão grande é a importância dele para a cultura do Brasil."
Fontes nega qualquer irregularidade na troca do cheque dado como garantia do empréstimo pela bilheteria de "Chatô". Segundo ele, a proposta foi aprovada pelo conselho da Finep, o que demonstra a legalidade da operação. Quando a troca foi feita, em maio de 99, ele não imaginava que teria problemas na conclusão do filme, sustenta.
"A troca de garantias é processo comum. Além da renda do filme, há todo o meu equipamento como garantia. E esse equipamento atinge o valor necessário."
O ator contesta os cálculos feitos pela assessoria jurídica da Finep, que apontam que a dívida já atingiu R$ 3,4 milhões. "Tenho a memória de todos os pagamentos que já fiz e sei que a dívida não é tão grande."
Ele diz que a Finep só entrará na Justiça, se isso se confirmar, devido à pressão da imprensa. "De tanto que a imprensa pede que a Finep entre na Justiça, talvez um dia ela entre."
Fontes diz que os equipamentos de sua empresa de finalização de filmes podem não ser os mais modernos. "Mas ela é a mais produtiva do Brasil, com capacidade de finalizar dezenas de filmes, além do meu." (OC)


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