São Paulo, quarta-feira, 31 de agosto de 2005 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Aos 80 anos, Robert Altman conclui novo filme, com Lindsay Lohan, e diz que não se importa mais em ganhar um Oscar Cenas da VIDA
JEFF BAENEN DA ASSOCIATED PRESS Ele anda devagar, com os ombros caídos. Mas, quando se trata de fazer cinema, Robert Altman, apesar dos seus 80 anos de vida, ainda tem o fogo de um jovem. O diretor concluiu há pouco as filmagens de um trabalho baseado no popular programa de rádio "A Prairie Home Companion", do humorista Garrison Keillor -dentro do orçamento e três dias antes de terminar o prazo previsto. Mesmo assim, Altman não tem muito tempo para descansar. O diretor conta que já tem mais dois projetos em vista: "Hands on a Hardbody", sobre pessoas que participam de um concurso para ganhar um carro, e uma versão para o cinema de "Resurrection Blues", uma das últimas peças de Arthur Miller. "Vou continuar a fazer cinema enquanto eu viver e enquanto me deixarem", diz o diretor, que usa cavanhaque branco e surge com aspecto descansado e lúcido depois de tirar uma soneca na última noite das filmagens principais de "A Prairie Home Companion". Altman já tem mais de 30 filmes em seu currículo e cinco indicações ao Oscar de melhor direção, embora não tenha levado nenhuma estatueta para casa. Altman criou uma linha de trabalho própria na década de 70, com filmes como "M.A.S.H." e "Nashville". O diretor voltou à forma com a sátira de Hollywood "O Jogador", em 1992, "Short Cuts", de 1993, e, em 2001, "Assassinato em Gosford Park". Sua carreira começou na TV, com "Alfred Hitchcock Presents". Altman tem dificuldade em citar suas influências, mas sabe muito bem o que evitaria: "Às vezes eu assistia a um filme e pensava "isto daqui é tão ruim, nunca vou fazer algo assim". Então a maior parte das influências que sofri é de diretores cujos nomes não conheço". Pergunta - Como você faz para continuar ativo aos 80 anos de idade e depois de tantos anos trabalhando com cinema? Robert Altman - Bem, o que mais eu poderia fazer? Dormir, quem sabe. Não -fazer cinema é o que me mantém motivado. Adoro isso. Divirto-me tremendamente fazendo isso. Não há nada que eu gostaria mais de fazer do que brincar neste monte de areia. Pergunta - O que o fez se interessar em dirigir o filme "A Prairie Home Companion"? Pergunta - Você era fã de "A Prairie Home Companion"? Pergunta - Como você consegue
atrair os astros e estrelas que reuniu para uma produção como essa?
Gente como Meryl Streep e Lily
Tomlin? Pergunta - Como Lindsay Lohan
entrou na jogada? Pergunta - Porque Lindsay está
no filme vocês também vão atrair
um público adolescente. Pergunta - Não parece que os diretores que foram os favoritos da
crítica nos anos 70, como você mesmo, Peter Bogdanovich, Martin
Scorsese, Francis Ford Coppola, hoje são a velha guarda? Você tem
Paul Thomas Anderson aqui no set. Pergunta - Você tem a esperança
de algum dia conseguir um Oscar
de direção ou um Oscar pelo conjunto de sua obra? Isso tem importância para você? Tradução Clara Allain Texto Anterior: Programação de TV Próximo Texto: Liberdade de atuação atrai elenco estelar Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |