São Paulo, quinta-feira, 31 de agosto de 2006

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Crítica

Beleza de "O Clã das Adagas Voadoras" enjoa

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

A China, ao menos a cinematográfica, é nada menos que três: Taiwan, Hong Kong e China propriamente dita. Cada uma comporta tendências diversas, em particular Taiwan.
Trata-se, portanto, de um continente. O país de economia mais vigorosa do mundo ostenta uma vitalidade rara no cinema. O que não significa que estejamos obrigados a apreciar tudo o que vem de lá.
Um dos primeiros a chegar até nós -à parte dos filmes de lutas marciais- foi Zhang Yimou, seduzindo com sua combinação de discurso feminista e palácios desencantados.
Mas logo ficou claro que Yimou era um esteta, no mau sentido. Quase um Zeffirelli de olhos puxados.
O recente "O Clã das Adagas Voadoras" (Telecine Cult, 18h), por exemplo, trata do que mesmo? Há uma cega. Ela dança, guerreia e seduz como ninguém. Tudo no filme busca o encantamento.
E, mesmo na guerra, tudo vai se adocicando a tal ponto que se torna insuportavelmente enjoativo.


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