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Crítica
Beleza de "O Clã das Adagas Voadoras" enjoa
INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA
A China, ao menos a cinematográfica, é nada menos que
três: Taiwan, Hong Kong e China propriamente dita. Cada
uma comporta tendências diversas, em particular Taiwan.
Trata-se, portanto, de um
continente. O país de economia
mais vigorosa do mundo ostenta uma vitalidade rara no cinema. O que não significa que estejamos obrigados a apreciar
tudo o que vem de lá.
Um dos primeiros a chegar
até nós -à parte dos filmes de
lutas marciais- foi Zhang Yimou, seduzindo com sua combinação de discurso feminista e
palácios desencantados.
Mas logo ficou claro que Yimou era um esteta, no mau sentido. Quase um Zeffirelli de
olhos puxados.
O recente "O Clã das Adagas Voadoras" (Telecine Cult,
18h), por exemplo, trata do que
mesmo? Há uma cega. Ela dança, guerreia e seduz como ninguém. Tudo no filme busca o
encantamento.
E, mesmo na guerra, tudo vai
se adocicando a tal ponto que
se torna insuportavelmente
enjoativo.
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