JOSIMAR MELO
COLUNISTA DA FOLHA

Quem vai à pizzaria em busca de uma comida simples e gostosa, farta e com variedade, poderia encontrar o mesmo num prato de risoto. É a idéia do Bellagio, pizzaria e risoteria.
Claro que não são a mesma coisa. Ambos requerem certa perícia no preparo -a consistência do disco da pizza, como o ponto de cremosidade do risoto, depende da mão que balança o produto. E ambos têm um efeito reconfortante, típico da cozinha italiana. Mas o risoto, aqui, sai mais caro.
De toda forma, é um casamento interessante, consumado numa casa confortável e bem decorada, com adega climatizada e vinhos suficientes. O sócio mais conhecido é o apresentador de TV Gilberto Barros (o Leão), 42. A operação fica nas mãos do outro sócio, Edson Rico, 45, português cuja família há muito dirige padarias, e do chef de cozinha, o russo André Carlos Livovsch, 38, que já trabalhou em restaurantes na Europa e no Brasil (Apollinari e Cantaloup).
A pizza no Bellagio é de massa fina e coberturas diferentes (alheira, um pouco redundante e pesada; copa de javali com mozarela, um bom efeito). Os risotos, também em grande variedade de receitas, ainda requerem melhor acabamento: o de cogumelos não tem o aroma penetrante que o ingrediente supõe; o de cordeiro, com molho feito realmente a partir desta carne, é por demais untuoso e salgado; o de carne-seca com abóbora é mais delicado, assim como o de palmito. No geral, são úmidos, ponto a favor.

Cotação: $$$ Avaliação: regular

$ (até R$ 22); $$ (de R$ 22,01 a R$ 42); $$$ (de R$ 42,01 a R$ 62); $$$$ (acima de R$ 62). Avaliação: excelente    ; ótimo   ; bom  ; regular (sem estrela); ruim  


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