DA REPORTAGEM LOCAL

A série "Diálogos Impertinentes", promovida pela Folha, pelo Sesc (Serviço Social do Comércio) e pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), reúne hoje, às 21h, o psicólogo e professor da PUC-SP João Augusto Pompéia e o presidente da Associação de Medicina Tradicional Chinesa, Jou Eel Jia. Jia também coordena o programa Gente (Programa de Qualidade de Vida) do governo do Estado de São Paulo.
O tema do debate, que ocorre no Tuca Arena (r. Monte Alegre, 1.024, Perdizes, tel. 0/xx/11/3670-8453), é "O Corpo".
Os mediadores serão Mario Sergio Cortella, do departamento de teologia da PUC-SP, e o jornalista Oscar Pilagallo. Não é preciso retirar convites antecipadamente.
No mais recente programa da série, que discutiu o tema "A Caridade", em 26 de setembro, o desembargador Antonio Carlos Malheiros ligou suas atividades como magistrado às de caridade. "A melhor caridade é aquela que vem da Justiça", afirmou ele, reforçando a apreciação sensível de um juiz frente à lei e que "se aproxime das pessoas".
O outro participante do debate, frei David Raimundo dos Santos, avaliou que a palavra caridade tem um uso "desgastado". Teólogo e diretor-executivo da ONG Educafro (Educação e Cidadania para Afro-Descendentes e Carentes), Santos ressaltou os cursos pré-vestibulares que coordena como veiculador de conceitos básicos, como cidadania e reconhecimento dos direitos. "Os alunos [dos pré-vestibulares] são trabalhados para assumir o seu papel, que é de transformar a realidade", afirmou o religioso.
Malheiros diz acreditar que a busca da justiça em documentos existentes, como a Constituição e os tratados internacionais, é uma forma concreta de caridade aplicada nos meios jurídicos. "Não existe paz verdadeira se não houver justiça", destacou ele.