São Paulo, sexta-feira, 31 de outubro de 2008

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Crítica

Ficção científica traz elementos memoráveis

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Todas as autoridades em Howard Hawks creditam a ele, e não a Christian Niby, a realização de "O Monstro do Ártico" (TCM, 18h; classificação indicativa não informada). Hawks mesmo, além de produzir o filme, sustenta ter apenas supervisionado as filmagens.
O fato é que Niby, seu montador habitual, fez uma carreira extremamente pobre na direção -com exceção deste filme, uma mistura de horror e ficção científica visto habitualmente (como praticamente todas as ficções científicas da época) como fragmento da paranóia americana em relação a uma invasão comunista.
Pode até ser, porque Hawks era muito conservador. Mas isso não nos autoriza a aplastrar toda a produção de uma época, reduzindo-a a um lugar comum. Digamos que "O Monstro do Ártico" (na quarta, o mesmo canal passou "A Coisa do Outro Mundo", refilmagem de John Carpenter da mesma história) traz alguns elementos, entre eles a solidão do grupo de cientistas, que o tornam memorável. Isso é que conta.


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