São Paulo, sábado, 31 de outubro de 2009

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TELEVISÃO

Crítica

Baile de idosos fala a jovens em "Chega de Saudade"

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

O ponto mais forte da produção de Laís Bodansky é o sentido de marketing, algo que parece repugnar aos diretores de cinema brasileiros, ao menos aos independentes.
Mais do que falar de um jovem, "Bicho de Sete Cabeças" falava aos jovens, buscava cumplicidade. "Chega de Saudade" (Cinemax, 22h15, 12 anos) vai por outro caminho, ao tratar de um baile frequentado quase que exclusivamente por personagens da terceira idade.
É como se o filme dissesse que, enquanto houver vida, há, afinal, vida. Ao mesmo tempo, lá está um casal jovem. Ele faz o som do local, salvo erro, e sofre de ciúmes em relação à namorada. Ou seja, é também aos jovens que o filme busca falar: esse excesso de vida com que os mais velhos às vezes sabem lidar com mais desenvoltura e que faz a vida e a dor da garotada. Não há muita saída, no caso; não enquanto houver vida.


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