São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 2011

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CRÍTICA DRAMA

Guédiguian usa suspense e reviravolta em filme engajado

CRÍTICO DA FOLHA

A eficácia do cinema de teor social do francês Robert Guédiguian flutua entre a pertinência do discurso e o mero oportunismo. Quando chega ao equilíbrio, como em "As Neves do Kilimanjaro", o bom resultado depende mais de leveza que de ênfase.
Marselha, sua cidade natal, é cenário de um drama que mistura crise econômica e seus efeitos sobre indivíduos com dificuldade de sobreviver no mundo do trabalho.
Um sindicalista desempregado toma consciência, a partir de uma situação de violência, de como vínculos afetivos e sociais se reordenam de modo peculiar e independente de regras e leis.
Em seu compromisso de construir ficções de assumido conteúdo moral, Guédiguian não recusa o prazer narrativo e procura atrair com recursos como suspense, reviravolta e identificação.
Com suas ficções engajadas, atende ao espectador preocupado com tomada de posições e consegue ser pedagógico sem perturbar a fluência dos pequenos dramas.
"As Neves do Kilimanjaro" impõe-se por como faz vibrar um material banal e, assim, mantém viva a tradição realista que fertiliza o cinema francês. (CÁSSIO STARLING CARLOS)

AS NEVES DO KILIMANJARO
DIREÇÃO Robert Guédiguian
PRODUÇÃO França, 2011
QUANDO hoje, às 15h40, no Frei Caneca Unibanco Arteplex 1 (r. Frei Caneca, 569)
CLASSIFICAÇÃO 18 anos
AVALIAÇÃO bom


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