São Paulo, segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Brigas de irmãos marcam a música pop Zezé Di Camargo e Luciano repetem disputas como as que atingiram Oasis, Kinks e Creedence Clearwater Revival Algumas discussões familiares chegaram ao confronto físico, como as trocas de socos entre Noel e Liam Gallagher ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA Zezé Di Camargo e Luciano não estão sozinhos. Desde que Caim matou Abel, são comuns as histórias de irmãos saindo no braço. No mundo da música, mais ainda. Recentemente, os irmãos Noel e Liam Gallagher, depois de anos de socos e pontapés, acabaram com o Oasis e partiram para projetos isolados. Assim que Noel anunciou seu disco solo, Liam acusou o irmão de ter usado material composto quando ainda estavam no Oasis: "Conheço essas músicas, porque cantei em metade delas", disse. A briga mais famosa e longeva do rock periga ser a dos irmãos Davies, do Kinks. Desde que a banda surgiu, no início dos anos 60, a tensão entre Ray e Dave foi imensa. Era uma batalha de egos. Ray, mais velho, era o mais talentoso e escreveu a maioria das canções. Dave se ressentia do talento e do comportamento centralizador do irmão. Não foram poucas as brigas. Hoje, não se falam. "Só nos comunicamos por e-mail, quando precisamos tratar de negócios", disse Ray. A briga de Tom e John Fogerty, do Creedence Clearwater Revival, foi semelhante. John era o líder e maior compositor. Com o fim do grupo, Tom juntou-se aos outros integrantes num processo contra John por direitos autorais. Em 1990, Tom morreu de Aids. Diz a lenda que suas últimas palavras para John foram: "Zaentz estava certo", referindo-se a Saul Zaentz, dono da gravadora Fantasy e feroz rival de John em uma milionária ação por direitos das canções do Creedence. Outra briga histórica foi a dos irmãos Don e Phil Everly, os Everly Brothers. Em 1973, Don apareceu bêbado para um show. Phil -que também não era nenhum santo- se revoltou e destruiu seu violão no palco. Pelos dez anos seguintes, os dois só se viram uma vez: no enterro do pai. Apesar disso, Don e Phil se reuniram em 1983. Fica a lição para Zezé Di Camargo e Luciano: poucas brigas duram para sempre. Texto Anterior: Diário da calçada - Vanessa Bárbara: Osmarilson, estamos com você Próximo Texto: Crítica/Rock: Coldplay vai da singeleza ao excesso em disco espetacular Índice | Comunicar Erros

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