São Paulo, sábado, 31 de dezembro de 2005

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"Épicos orientais são melhores que americanos"

DA REPORTAGEM LOCAL

Richard Schickel é um dos críticos mais influentes dos EUA e autor de diversos documentários: "Scorsese on Scorsese", exibido neste ano na TV paga brasileira, "The Life and Art of Charles Chaplin" (a vida e a arte de Charles Chaplin) e "Woody Allen - Uma Vida em Filmes". Também restaurou "Agonia e Glória", clássico de Samuel Fuller, de 1980, lançado neste ano em DVD no Brasil. A pedido da Folha, Schickel comentou nomes e correntes do cinema atual:

CINEMA DO ORIENTE - É mais "espetacular" do que o que vemos nos EUA. São geralmente muito bonitos. "O Clã das Adagas Voadoras" e "O Tigre e o Dragão" preenchem lacunas. São muito melhores do que os épicos americanos atuais, como "Alexandre".

PAULINE KAEL [foi a crítica mais polêmica dos EUA (1919-2001)] - Era uma figura absurda entre os críticos. Não ligo para o seu trabalho.

CINEMA INDEPENDENTE -Teve impacto crescente em um público diferenciado, mas não sei se conseguirá espaço para grandes platéias. "O Segredo de Brokeback Mountain" e "Capote" são úteis, mas satisfazem platéia selecionada.

DOGMA 95 [movimento lançado na Dinamarca por Lars von Trier que propunha normas simples e rígidas para filmar] - Eu desprezo. Vi um ou dois filmes que são muito bons, mas basicamente não se prestam realmente ao cinema.

"MUNIQUE", DE STEVEN SPIELBERG [que estréia em janeiro no Brasil] - Acho que provocará controvérsia. Mas gostei do filme, que se desenvolve em vários planos com muito sucesso.


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