São Paulo, quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CDs

Rock

Highway 61 Revisited
Bob Dylan
Gravadora: SonyBMG; Quanto: R$ 15, em média; Avaliação: ótimo

"Highway 61 Revisited" (setembro de 1965) é, por dois motivos, a obra-prima central de Bob Dylan. Traz "Like a Rolling Stone", provavelmente o rock mais importante de todos os tempos. A outra razão é cartesianamente cronológica, já que está no meio das duas outras obras-primas do cantor nos anos 60: "Bringing It All Back Home" (maio de 1965) e "Blonde on Blonde" (agosto de 1966). POR QUE OUVIR: Canções históricas de contestação se alternam com baladas delicadas, como "It Takes a Lot to Laugh, It Takes a Train to Cry". Não há quem não goste. (IVAN FINOTTI)

Soul

Samba Chic
PAULA LIMA
Gravadora: Indie; Quanto: R$ 45 (DVD) e R$ 30 (CD), em média
Avaliação: bom

Paula Lima aproxima-se das tradições do samba, chamando Dona Ivone Lara para medley e recuperando Geovana em "Amor dos Outros"; grava Arlindo Cruz, que cria sambalanços como convêm à cantora; e pesca pérolas na irregular tradição do nosso soul ("Deixa Isso pra Lá" e "Meu Guarda-chuva"). Mas escorrega nas baladas ("Eu Já Notei" e "Cuidar de Mim") POR QUE VER: Tem voz, sacolejo, carisma. Ao acertar o repertório, ferve a Casa das Caldeiras, onde fez o DVD. (LUIZ FERNANDO VIANNA)

Pop

The Best of
THE CARPENTERS
Gravadora: Som Livre; Quanto: R$ 30, em média; Avaliação: bom

Mesmo fora da ativa há anos, os irmãos Karen e Richard Carpenter continuam embalando melancólicos e românticos. Culpa de composições que flutuam entre o soft rock e baladas pop, com melodias grudentas. Alguns dos principais hits estão nesta coletânea. POR QUE OUVIR: Para reunir o joio produzido pelo duo seria necessária uma caixa com três ou quatro CDs. Aqui, cabem apenas 14. Foram escolhidas algumas das faixas mais manjadas, como "Superstar", "(They Long to Be) Close to You" e "We've Only Just Begun". Numa noite melancólica ou romântica, caem perfeitas. (THIAGO NEY)

Rock

Underground
KYNNA
Gravadora: independente (www.myspace.com/kynnaband); Quanto: R$ 20, em média; Avaliação: regular

Na dupla Leno e Lilian, a cantora Lilian Knapp foi uma das vozes da juventude dos anos 60. Agora, já veterana, ela se une ao guitarrista Luiz Carlini (do Tutti Frutti) e ao baterista Cadu Nolla neste novo e estranho projeto, Kynna. A capa e o encarte sugerem uma banda de metal das antigas. Não chegam a tanto, embora tentem conexão com a juventude e o underground. O caminho é confuso, com predomínio de regravações de hits do rock gaúcho, como Júpiter Maçã e Wander Wildner. POR QUE OUVIR: O Kynna traz um mínimo de personalidade, com um vocal doce e guitarras pesadas. (BRUNO YUTAKA SAITO)



Texto Anterior: Crítica/Cartola: Elton Medeiros faz o melhor disco do centenário de Cartola
Próximo Texto: Política Cultural: Mantida reserva de mercado para o filme nacional
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.