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Gato de Botas volta como protagonista

Após ganhar fama na série "Shrek", o personagem sem-vergonha e canalha se descola do ogro verde e ganha filme próprio

Personalidade do felino foi moldada pelo ator espanhol Antonio Banderas, que faz a dublagem em inglês

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

Num ano em que os pássaros de "Rio" são, até agora, os campeões de bilheteria no Brasil e outros dois desenhos aparecem no top 10 nacional, a DreamWorks vai usar um conhecido felino para tentar abocanhar sua fatia.

"Gato de Botas", que estreia hoje no país com 700 cópias, traz o carismático personagem que surgiu em "Shrek 2" (2004) e ganhou fama crescente desde então, em boa parte graças à dublagem de Antonio Banderas.

Não que o público brasileiro vá ter muita chance de escutar o ator espanhol -80% das cópias são dubladas em português, como de praxe nos desenhos.

O longa, que estreou com sucesso nos EUA (em menos de um mês faturou mais do que custou, estimados US$ 130 milhões), mostra o que se passou com o gato antes de sua aparição na série "Shrek" -nem o ogro verde nem o burro falante aparecem aqui.

Num clima que mistura western e fábula, o felino vai em busca dos famosos feijões mágicos que levam à ave dos ovos de ouro, no castelo do gigante; no caminho, topa com outros personagens de histórias infantis (veja no quadro acima).

Paralelamente, é mostrada sua infância e a série de eventos que o tornaram um fora-da-lei.

"Gosto muito do personagem, estou com ele há quase dez anos. Ele é muito multicolorido, tem características clássicas, como o senso de honra e de lealdade, mas também um lado canalha e sem-vergonha de que gosto", disse Antonio Banderas durante sua passagem pelo Rio.

O espanhol esteve na cidade em novembro, durante turnê para promover o filme -há três meses viajando ("Não aguento mais falar desse gato", disse, brincando), veio de Buenos Aires e seguiria para Paris na mesma noite.

Com ele também vieram Salma Hayek -que dá voz à gata Kitty Pata-Mansa-, o diretor Chris Miller (de "Shrek Terceiro") e Jeffrey Katzenberg, presidente da DreamWorks Animation.

"Assim que apareceu em 'Shrek 2', o personagem se tornou uma estrela e Antonio disse 'vamos fazer um filme com o gato'. Agora, ele já quer fazer uma sequência", contou Katzenberg.

Banderas, que ajudou a moldar a personalidade do felino (os animadores fizeram os desenhos a partir de sua dublagem), reconhece a importância do personagem em sua carreira, mas tem a preocupação de colocá-lo em perspectiva.

"É claro que, em termos de mérito artístico, meus trabalhos com Almodóvar são os mais importantes", disse o ator, que voltou a trabalhar com o diretor espanhol em "A Pele que Habito".

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