Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Folhateen Onda coreana São Paulo terá amanhã um megafestival de música pop coreana, caracterizada por bandas gigantescas e coreografias complexas IURI DE CASTRO TÔRRESDE SÃO PAULO Quem aí se lembra dos Backstreet Boys? E das espivetadas Spice Girls? Bem, imagine eles como Pokémons que evoluíram e agora vivem na Coreia do Sul, andam em grupos de até 15 pessoas e cantam música eletrônica do tipo poperô. É a "onda coreana", vinda de um oceano chamado K-Pop, que começou nos anos 1990 e hoje invade o mundo graças à internet. Amanhã é a vez de São Paulo receber alguns de seus principais artistas num megashow para 5.000 pessoas no Espaço das Américas -Beast, 4Minute e G.Na tocam. O "Folhateen" conversou com bandas, fãs e até com um diplomata da Coreia para deixar você por dentro do K-Pop. A internet, por meio do Youtube e de redes sociais como Facebook, Tumblr e Twitter, foi a grande propulsora do gênero por outros continentes, como explica o ministro-conselheiro da Embaixada da Coreia, Hee-chul Kim. "A projeção do K-Pop como um fenômeno foi algo inesperado", diz. "Havia intercâmbio com os países vizinhos, como a China e o Japão, mas, de repente, ficou conhecido no mundo todo." Kim ainda lembra que o K-Pop não é música apenas de adolescentes, "pois é líder na representação da cultura de massa da Coreia moderna". Os fãs concordam. Segundo eles, não dá para comparar bandas como Super Junior ou Girls' Generation, os maiores expoentes do K-Pop, com boy-bands do século 20. "Os coreanos se importam muito mais com a produção dos shows, os clipes são maravilhosos e eles são lindos", diz Larissa Natsumi, 17. O ponto forte, que todos destacam, são as coreografias complexas que acompanham as canções. Não é para menos, como conta Doo Jun, da banda Beast. "Todos do grupo passaram entre dois e seis anos treinando não só a voz mas vários estilos de dança", revela o garoto. "Me sinto muito feliz cantando e dançando na frente de milhares de pessoas", diz Kim Hyunah, do 4Minute. "Para tentar chegar perto da perfeição no palco, nós juntamos vários fatores, como moda, visual, música e dança", diz Dong Woon, do Beast. BRASIL Mas como um brasileiro acaba virando fã de K-Pop? A resposta está um pouquinho mais à direita no mapa do mundo: o Japão. É de lá que vêm os mangás e animes que são a porta de entrada para a maior parte dos fãs de K-Pop, que acabam se apaixonando por toda a cultura pop asiática. Quem atesta é o maranhense Carlos Brandão, 23, mais conhecido como DJ Masa. Dono de mashups entre artistas ocidentais e orientais, o rapaz já participou até de programas de TV coreanos. "É um som que sempre acompanhou todas as tendências pop do ocidente, mas executado de uma maneira única e caprichada", elogia. "São artistas multitalentosos. É a imagem aliada ao som chiclete, global." Outro fã é Kyeo Jin, 26, que nasceu em Suwon, na Coreia, e veio para o Brasil aos 14 anos. Desde então, tem se esforçado para manter viva a cultura K-Pop -com muita dança e aulas de coreano. Ele quer, agora, fundar com outros fãs do gênero uma rádio on-line apenas com música coreana e aulas da língua. Para ele, o sucesso do K-pop no Brasil está só começando. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |