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Critica - Ação

Muito namoro e pouca luta revelam herói sem rumo

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

"O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro", na verdade o quinto filme do herói no cinema, mostra um Homem-Aranha sem rumo. As tentativas de renovar o personagem aplicadas no longa anterior perderam o fôlego na segunda aventura.

"Aventura" não é a palavra ideal. O que se vê na tela é romance, o caso "não ata nem desata" do herói Peter Parker com Gwen Stacey.

Nos intervalos entre rompimentos e reaproximações do casal, o Aranha arruma algum tempinho para enfrentar uns superbandidos dispostos a acabar com Nova York.

E são vários: Electro, Rino e Duende Verde (pela enésima vez). Mas as lutas somam pouco mais de meia hora.

A ideia de rejuvenescer a franquia depois dos três filmes da década passada, que tinham Tobey Maguire como Aranha, era pertinente.

E fãs dos gibis gostaram inicialmente da opção de mostrar Parker na escola, no equivalente americano ao ensino médio brasileiro.

Nesse ambiente Stan Lee e Steve Ditko criaram o Homem-Aranha em 1962. E Andrew Garfield, 30, e Emma Stone, 25, convencem como recém-saídos da adolescência.

Além dos grandes olhos claríssimos que parecem de uma boneca, Emma é boa atriz. Garfield, apesar de canastrão, traz uma fragilidade ao herói que faz uma boa ligação com o espírito dos primeiros gibis do Homem-Aranha.

A dupla não é o problema, mas sim colocá-la como o eixo principal do novo filme. É como a série de TV dos anos 1990 "Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman", que pouco exibia do Homem de Aço em ação. Era mais uma novelinha sobre o romance entre Clark Kent e Lois Lane.

Assim, o filme desperdiça Electro, vilão sem graça nos quadrinhos que melhora na tela. O roteiro dá a ele um tom patético que o sempre bom Jamie Foxx soube aproveitar.

Rino decepciona. O que era força bruta no gibi, um gigante cinza, vira uma armadura horrorosa. E o Duende Verde aparece em sua pior versão.

"Homem-Aranha" (2002) era realmente espetacular. Suas duas continuações e a primeira aparição do personagem rejuvenescido não se comparam ao original, mas eram ótimas sessões para ver comendo pipoca.

Já "O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro" é só muito chatinho.


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