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Internets RONALDO LEMOS - ronaldolemos09@gmail.com Headphones gigantes são a onda do momento Um dos gadgets mais cobiçados do momento não foi desenhado pela Apple. Ao contrário, é uma reação a ela. Falo da onda dos fones de ouvido gigantes, que reproduzem toda a pulsação do baixo. Depois de anos usando os fones brancos da Apple (que quase apagam o grave das músicas), muita gente cansou e passou a querer um fone mais robusto. A onda é tão forte que surgiram fones de grife, assinados por gente como Dr. Dre, 50 Cent, Lady Gaga, Snoop Dog e até Metallica, todos com "extra-bass" (extra-grave). É só andar nas ruas e reparar: os fones brancos estão ficando fora de moda. Legal agora é ter um fone poderoso, que bloqueia o som externo e cria um paraíso para os graves. Parece mero fenômeno de consumo, mas a moda tem implicações culturais interessantes. O "grave" vem se tornando coluna vertebral de várias cenas musicais. Isso já acontecia antes, mas explodiu nos últimos anos (e meses). O grave está agora em vários estilos: o dubstep e suas versões ultrapopulares nos EUA, como o "brostep"; o reggaeton e derivados, como o Moombahthon e Moombahcore; e no trabalho de gente como Flux Pavilion ou o gigantesco Skrillex, que estará no Brasil em 2012. Em tempos virtuais, é música para ser sentida com o corpo todo. Foi possível ver o tamanho da popularidade dos graves em uma matéria publicada aqui na Folha no último dia 11, que citava a disputa entre moradores de Higienópolis e uma casa de festas barulhenta. A dona da casa se justificava: "A evolução da música eletrônica, principalmente na tonalidade 'grave', foi tão rápida que a capacidade do nosso isolamento acústico ficou aparentemente afetada". Como dá para ver, o grave anda tão popular que já serve até de desculpa esfarrapada. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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