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Companhias teatrais seus reeditam sucessos

Parlapatões satirizam Shakespeare e Núcleo Bartolomeu relança peça inspirada em Melville

GABRIELA MELLÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Peças que projetaram dois importantes grupos da cena teatral do país são remontadas nesta semana.

Os Parlapatões reencenam "PPP@WllShkspr.Br" (1998), e o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos retoma o espetáculo "Bartolomeu, que Será que Nele Deu?" (2000).

Além de celebrarem 20 anos, os Parlapatões prestam homenagem ao diretor da peça, Emílio di Biasi, que completa 50 anos de carreira.

"PPP@WllShkspr.Br" transforma em sátira a obra completa de William Shakespeare (1564-1616). Condensa, em 90 minutos, os 37 textos teatrais do bardo britânico -com o aval de Barbara Heliodora, especialista na obra do autor e tradutora do texto.

"Romeu e Julieta" e "Hamlet" inspiram a maior parte da encenação. As comédias shakespearianas são enxugadas em uma única cena absurda. As peças históricas são evocadas durante uma partida de futebol. Versos de "Othello" viram rap.

"Queremos fazer rir e, ao mesmo tempo, provocar as emoções que Shakespeare desperta, relembrando sua enorme popularidade", diz Hugo Possolo, fundador dos Parlapatões.

O texto nasceu de uma brincadeira de três amigos, os atores norte-americanos Adam Long, Jess Borgeson e Daniel Singer. Virou coisa séria ao ser montado com sucesso no circuito Off Broadway e no West End londrino.

HERMAN MELVILLE

Já o Núcleo Bartolomeu de Depoimentos volta a "Bartolomeu, que Será que Nele Deu?", marco inicial de sua trajetória, para vislumbrar o desenvolvimento de sua linguagem. "Para podermos reinventar o futuro, temos que olhar o passado", fala Claudia Schapira, fundadora do grupo e autora da peça, dirigida por Georgette Fadel.

Schapira se inspirou no conto "Bartleby, o Escriturário", de Herman Melville (1819-1891), para contar a história de um homem comum que, com a célebre frase "preferia não", resiste ao sistema.

Paralisado diante do ritmo frenético da vida, ele se transforma numa espécie involuntária de revolucionário.

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