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Crítica documentário

"Alô, Alô, Terezinha!" deixa Abelardo Barbosa de fora

EMILIO SANT’ANNA
DE SÃO PAULO

Uma das poucas virtudes de "Alô, Alô, Terezinha!" é não teorizar sobre a figura de Chacrinha. O diretor Nelson Hoineff aposta em outro caminho para apresentar o universo de Abelardo Barbosa. A escolha, porém, não é das mais felizes.

O documentário revela os dissabores de calouros e ex-chacretes à exaustão. O que de cara entretém e aguça a curiosidade acaba por descambar em sadismo.

Integrantes dos programas de Chacrinha se sucedem, revelando principalmente as amarguras do anonimato. De um calouro gago à Índia Potira, dançando nua em praça pública, de Russo, assistente de palco, à Rita Cadillac, poucos parecem ter se salvado.

Assim, o apresentador "cult" em que se desdobrou a figura de Chacrinha perde espaço, o que não foi suficiente para trazer à tona o criador do personagem.

Entre bacalhaus jogados à plateia, buzinadas e depoimentos de cantores como Fábio Jr., Roberto Carlos e Nelson Ned, o pouco que se revela do Abelardo Barbosa da televisão, irreverente e escrachado, é sua personalidade centralizadora e a relação de controle com as chacretes.

Valem as declarações de sua viúva sobre a suposta relação com Clara Nunes e das dançarinas sobre bastidores.

O resultado é regular e se você conseguir chegar ao final sem ficar deprimido, pode valer a pena. Mas é inevitável a sensação de que Abelardo não coube no filme.

NA TV
Alô, Alô, Terezinha!
Estreia do documentário
QUANDO amanhã, às 23h15, no GNT
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO regular

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