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Internets - Ronaldo Lemos Smartphones populares sob ameaça Está em curso uma articulação do governo para proibir os smartphones populares, fabricados na China e feitos para o consumidores de baixa renda. Alguns custam menos de R$20 e aceitam chips de quatro operadoras diferentes O Ministério Público Federal quer impedir que os aparelhos populares funcionem nas redes do país. Se bem sucedida, a ação pode entrar para a história como uma das grandes discriminações institucionais contra o "andar de baixo" da sociedade brasileira. Há pelo menos 40 milhões desses celulares no Brasil. Para quem vive em uma favela, fazem a diferença entre estar conectado ou não. As operadoras têm razões de sobra para apoiar o banimento. Os smartphones populares vão além da telefonia: permitem assistir TV, ouvir rádio, trocar arquivos via bluetooth. E o mais importante: economia na conta (nenhum celular feito no Brasil aceita 4 chips). A ação também daria controle total às operadoras sobre suas redes. Seria como deixar o concessionário de uma estrada selecionar quais marcas de veículos podem trafegar por ela. Os argumentos para o banimento são os usuais: pirataria, falta de certificado da Anatel e "R$1 bilhão ao ano em perdas para a indústria nacional". Em vez desse protecionismo torto, os smartphones populares deveriam ensejar um convite à competição entre empresas: desenhar e fabricar celulares pensando nas necessidades tecnológicas da base da pirâmide, um mercado pouco explorado, onde no geral reside o futuro do consumo da tecnologia. Reader JÁ ERA O meme da Luíza JÁ É M.I.A., virou meme por seu dedo do meio no Superbowl JÁ VEM Lion-kinging, o meme da semana (bit.ly/wKq11m) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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