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Crítica

'Dogville' talvez seja o filme mais desconcertante de Lars von Trier

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

É imenso, e por isso mesmo desconcertante, o repertório de Lars von Trier.

Ele pode variar do melodrama à comédia, do deboche à gravidade, como se isso fosse a coisa mais simples do mundo.

Há um tanto disso tudo em "Dogville" (TC Cult, 22h, 14 anos), talvez seu filme mais desconcertante, pois a tudo isso se acrescenta o fato de ser um "filme de estrela".

A estrela, no caso, é a atriz Nicole Kidman, que, escapando de um bando de gângsteres, vai chegar a uma pequena cidade.

Mas que cidade é essa? Ela não tem casas. Tem apenas as plantas desenhadas no chão. O que parece deixar nus os habitantes do local, entregues à tarefa de apenas serem quem são.

E os bucólicos habitantes do bucólico lugar são capazes de se mostrar bucolicamente monstruosos.

Piores do que gângsteres, talvez? Veremos o que Lars von Trier, que não é de acomodar as coisas, terá a dizer sobre o assunto.

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