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Crítica TV

Na volta, 'Pânico' supera 'Casseta' em repercussão e em humor

Humorísticos retornam ao ar; um em nova emissora, outro após hiato de 1 ano

RODRIGO LEVINO
EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”

Na terra devastada em que se transformou a RedeTV!, o "Pânico na TV" era a joia da coroa: bom de anunciante, de conteúdo e de audiência.

No último domingo, quando o humorístico estreou na Band, sua nova emissora, esses tópicos foram postos à prova. O resultado foi de larga vantagem para a atração.

Em boa parte das duas horas em que esteve no ar, o programa deixou a Band em segundo lugar na audiência, com 11 pontos e pico de 14 de ibope (cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo). Provou ter público cativo independente do canal em que seja exibido.

E foi ao conjunto de sempre -que inclui humoristas tarimbados no improviso e em imitações, edição ágil de imagens e um tanto de apelação- a que isso se deveu.

Na forma, o programa não trouxe novidades. O conteúdo foi de poucas variações.

Fez suspense sobre as novas "panicats", enxotou celebridades e anônimos com piadas agressivas e levou ao palco um mexicano portador de alteração genética que deixa seu corpo coberto de pelos.

Disso tudo, saltou o imenso talento de Márvio Lúcio, 36, o Carioca. Com a imitação do jornalista Boris Casoy, apoiado pelos personagens Fernando "1 Litre" e Joelmir "Gretchen" -sátiras de medalhões da casa-, o ator foi o responsável pelo melhor momento do programa

Já em oposição ao êxito do "Pânico", a volta do "Casseta & Planeta", na última sexta, na Globo, foi uma lástima.

Quando anunciou um hiato em 2010, o programa, que estava há quase duas décadas no ar, dava mostras de cansaço criativo há pelo menos cinco. Agora, das tais reformulações anunciadas, aguardam-se os efeitos ou pelo menos que algum apareça.

Com uma edição temática, abordou a vida de celebridades, apostando no "star system" da Globo e em nomes como Edson Celulari, Marcelo Serrado e Susana Vieira. Foi como se o "Vídeo Show" virasse um programa de humor da noite para o dia.

Funcionou tampouco a interação com populares. Menos ainda a performance de Miá Mello, nova integrante, no papel de Mona Lesa, uma repórter desatenta.

O bom momento foi do ator Gustavo Mendes, do elenco de apoio, imitando a presidente Dilma Rousseff.

Em suma, o "Casseta" retornou antes que o público sentisse saudade. Daqui a pouco, a audiência vai reclamar é da volta. Ibope de 14 pontos, apenas três a mais do que a Record, foi um sintoma.

NA TV
Pânico na Band
Novo programa
QUANDO aos dom., às 21h, na Band
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO bom

NA TV
Casseta & Planeta Vai Fundo
Nova temporada
QUANDO às sex., 23h20, na Globo
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO ruim

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