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Música Escalação nacional preza pela irrelevância no Lolla Parte das bandas brasileiras nem sequer produziu discos nos últimos anos Nomes como Veiga & Salazar e Pavilhão 9 estão há quase uma década sem lançar novos trabalhos RODRIGO LEVINOEDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA” Se a escalação de bandas estrangeiras do Lollapalooza Brasil é um conjunto de superlativos, a de bandas nacionais está no extremo oposto. Para cada nome entre os que experimentam o auge do "hype", como Skrillex ou Cage the Elephant, ou que passaram disso e se mantêm relevantes, como Arctic Monkeys, TV On The Radio e Band of Horses, existe uma atração brasileira que há tempos não produz nada relevante -ou ainda não o fizeram. Vide a dupla Veiga & Salazar. Nome importante do hip-hop nacional na década passada, há oito anos vive um hiato na carreira. Prometem disco novo para 2012, mas para o segundo semestre. Caso semelhante ao do Pavilhão 9, que foi um dos principais grupos de rap dos anos 1990 e início dos 2000. Há oito anos sem lançar discos, a banda vive em uma espécie de limbo. Ressurgirá para alimentar os saudosos, mas tira, assim, o espaço que poderia ser dedicado a um expoente da nova e tão rica cena de rap atual do Brasil. Outra categoria é de bandas que nunca justificaram a sua existência. Nesse quesito, ninguém pode defender melhor o posto do que a paulistana Velhas Virgens. Em atividade há 26 anos, fazendo rock'n'roll com letras sub-bukowskianas, a escalação do grupo tem um caráter quase educativo: mostrar aos mais jovens como era uma banda de rock brasileiro "B" nos anos 1980. MAIS NOVOS No meio termo entre dinossauros e nem tão velhos assim (mas um pouco gastos), estão os paulistanos do Daniel Beleza & Os Corações em Fúria. Banda de algum destaque no "boom" de nomes independentes em meados dos anos 2000, pouco se soube do seu punk glam rock recentemente. Se o grupo ainda conserva a energia de suas apresentações, reconhecidas pelas performances ditas viscerais, talvez o convite do festival se justifique. Já entre os novíssimos escalados, a carioca Tipo Uísque é a maior incógnita. Lançados por um braço da Som Livre, a banda faz um rock meio fofo, à la Rilo Kiley. Ainda precisa provar, no seu pouco tempo de carreira, que tem música tão interessante quanto a formação, com quatro mulheres graciosas e dois homens. Dada a concorrência, pode não ser tão difícil fazê-lo. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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