MGMT volta aos palcos com poucos hits de álbum fraco

A banda MGMT veio ao Brasil em 2008 incensada pelos hits fáceis e deliciosos "Kids" e "Time to Pretend".

Quatro anos depois, a tarefa de empolgar o público do Lollapalooza no próximo domingo não parece tão fácil para os garotos Andrew VanWyngarden e Benjamin Goldwasser, almas da banda.

Sumida das paradas e das pistas "indies", com um segundo disco, "Congratulations", detonado pela crítica e longe de ser a atração principal do festival, a banda, no entanto, garante que vai quebrar tudo no Brasil.

Segundo Goldwasser contou à Folha, o grupo não sobe num palco há quase seis meses. A volta é no Brasil.

"Nosso sentimento é: quanto mais diversão nós tivermos, mais diversão o público terá", diz. "Não é porque nosso segundo disco não fez tanto sucesso que não vamos nos divertir tocando ele."

O cantor reage às críticas feitas ao álbum na época do lançamento, em 2010.

Alguns blogs chegaram a classificar a obra como "um suicídio de carreira", por fugir da proposta bem-sucedida de "Oracular Spetacular", a aclamada estreia, de 2007 -mistura de eletrônica, rock e pop com pitadas lisérgicas.

"Não entendemos como podem dizer isso sobre algo em que gastamos tanto tempo e que nos esforçamos muito para fazer", lamenta.

O segundo disco, mais cru e menos produzido, reflete a vida na estrada e a fama repentina, diz o músico.

A vida na estrada, aliás, permeia grande parte da conversa do músico. Apesar de dizer que adora sair em turnê, ele admite que é uma rotina exaustiva.

"É cansativo, por isso gostamos de ter intervalos. Não queremos ficar na estrada até não conseguir mais ficar de pé", diz Goldwasser.

"É muito ruim quando vou a um show e percebo que a banda não está se divertindo. Não queremos ser assim."

"Depois do segundo disco, o público mudou. São pessoas que realmente gostam das nossas músicas, não aquelas que só ouviram uma ou duas músicas", alfineta. "Isso tornou os shows muito mais empolgantes."