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Televisão

Crimes que mobilizaram o país inspiram série de TV

"Até que a Morte nos Separe" investiga assassinatos ocorridos no Brasil

Amigos das vítimas e dos assassinos conversaram com a produção, que estreia na próxima terça-feira

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

O amor que não deu certo. Não deu certo e, pelo fim trágico, se tornou caso de polícia, amplamente esmiuçado pela imprensa.

Esse é o fio condutor da série de seis documentários "Até que a Morte nos Separe", que estreia na próxima terça no A&E -um dos canais que mais dedicam espaço na programação para contar histórias baseadas em crimes reais.

Produzidos pela Prodig, os episódios mostram os embates entre a defesa dos acusados pelos crimes e aqueles que os apontam como responsáveis pelas mortes de quem um dia foi seu amor.

O tempo todo, entre as versões da defesa e da acusação, "Até que a Morte nos Separe" é permeada por análises de importantes estudiosos da criminalidade no Brasil, como o psiquiatra forense Guido Palomba, o psicanalista Jorge Forbes e a procuradora de Justiça Luiza Nagib Eluf.

Para reconstituir as versões dos seis crimes passionais e passagens relevantes na vida dos personagens acusados e vítimas, a Prodigo recorreu ao recurso de animações em estilo de HQ, em preto e branco, imagens em vídeos e fotos de arquivos pessoais das famílias dos acusados e vítimas, e outros vários recursos computadorizados.

AMIGO TEMPO

É provável que o tempo decorrido após os crimes tenha sido um dos mais importantes aliados dos produtores para alcançar um resultado equilibrado. A partir de depoimentos de parentes, amigos, peritos, promotores, jornalistas e advogados, a série construiu perfis bem completos dos envolvidos nas histórias de morte, tanto dos acusados como das vítimas.

Isso fica evidente no episódio sobre a jornalista Sandra Gomide, assassinada com dois tiros por Antônio Pimenta Neves, ex-diretor de Redação de "O Estado de S.Paulo".

Ex-colegas de trabalho do casal ajudam a compor o retrato de Neves para quem foi conhecê-lo pelas páginas policiais, a partir de 2000, quando o crime ocorreu.

O rigor de apuração das informações da Prodigo para contar os seis crimes em "Até que a Morte nos Separe" não é abalado pelos seguintes deslizes mínimos:

A) atribuir ao grupo criminoso PCC (Primeiro Comando da Capital) o início da rebelião na qual, em outubro de 1992, a Polícia Militar matou 111 presos no Pavilhão 9 da hoje extinta Casa de Detenção; à época, o PCC aindanão existia; B) chamar de sequestro o cárcere privado cometido por Lindemberg Alves Fernandes contra a ex-namorada, Eloá Pimentel, e três amigos da garota; C) classificar o jornal popular "Agora SP", editado pelo Grupo Folha, como "sensacionalista" justamente quando o veículo é citado por não ter cometido o erro de ter entrevistado Lindemberg durante o cárcere privado.

NA TV

Até que a Morte nos Separe

Estreia dos episódios nacionais

QUANDO às ter. às 23h, no A&E

CLASSIFICAÇÃO não informada

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