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Crítica / Abril pro Rock Los Hermanos começa comemoração de 15 anos com apresentação histórica DO ENVIADO A RECIFEBanda mais importante do Brasil na década passada, o Los Hermanos vem pondo seu próprio espólio à prova em breves turnês desde que anunciou um hiato, em 2007. Ao iniciar na sexta seu "tour" de 15 anos, a banda de Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante fez história. Para cerca de 17 mil ensandecidas pessoas (recorde em 20 anos de Abril Pro Rock), tocou 30 de suas canções. À execução de músicas como "Sentimental", "O Vento", "Todo Carnaval Tem Seu Fim", "O Vencedor" e "Pierrot", formou-se uma massa sonora em que não se distinguiam berros da plateia da banda tocando (mal, pois nunca foram bons músicos). A relação do grupo com a cidade alimentou a histeria. Em 1999, quando eles eram só uma banda de rock carioca, o APR foi sua maior vitrine. Um ano depois, voltavam incensados para fechar uma das noites do festival. Mas nada justifica melhor o congraçamento de banda e plateia visto no show do que a força de grandes canções. A mescla de MPB e rock forjada após o primeiro disco criou um tipo de seita. Aos fãs, muitos usando máscaras com o rosto dos músicos, importava cantar as canções que marcaram suas vidas. Tanto que as duas novas composições de Amarante incluídas no repertório passaram como nota de rodapé. A primeira, uma balada que podia estar no "Bloco do Eu Sozinho". A segunda, uma mostra de que ele deve estar ouvindo muito Black Keys. Diz o óbvio que o primeiro passo para uma banda voltar é anunciar o fim/hiato. Os Hermanos criaram uma situação estranha nesse sentido. Diante de tamanha e já garantida adoração do público, dá a impressão de que podem continuar por anos e anos com pequenas turnês apoiadas no passado, lembrando a cada show que ainda há uma lacuna a ser preenchida na música brasileira. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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