Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Televisão Paulistanos são tema de telefilmes da TV Cultura Canal estreia quatro títulos inspirados em moradores da capital do Estado Projeto financiado pelo governo estadual é porta de entrada para jovens profissionais do da área audiovisual ELISANGELA ROXODE SÃO PAULO Estreia hoje na TV Cultura uma temporada de quatro telefilmes que têm como tema as gentes de São Paulo e que foram financiados por meio de edital público. O primeiro da nova safra -com tom afinado com o experimentalismo- é "Macbeto", sobre um ator formado em artes cênicas pela USP (Universidade de São Paulo). A trama mistura elementos de "Macbeth", de Shakespeare, com as coreografias das lutas de "telecatch". No próximo sábado, vai ao ar pela primeira vez "A Performance", que rendeu neste ano uma marca importante aos cineastas Mauro Baptista Vedia e Luis Dantas: foi a primeira produção brasileira selecionada para a competição de ficção do Fipa, festival dedicado ao audiovisual em Biarritz (França). No telefilme, o mercado de arte é o pano de fundo para a trama em que um intelectual frustrado e um produtor falido se unem em um golpe. Em agosto do ano passado, a Folha acompanhou um dia de trabalho dos jovens cineastas Maíra Bühler, 33, e Matias Mariani, 32. Eles coordenaram uma equipe de 50 pessoas nas filmagens de "Fios de Ovos" -em meio a retroescavadoras e entulho do que um dia foram duas casas no bairro paulistano do Ipiranga. É comum ver a cena pela cidade: velhas construções caem, dando lugar a altos empreendimentos imobiliários. Daí veio a ideia inicial do roteiro sobre a paixão na terceira idade, no cenário de escombros urbanos. FINANCIAMENTO Bühler explica que, sem o edital, seria praticamente impossível tirar o filme do papel. "O telefilme é como um rito de passagem", diz ela. O formato acaba funcionando como uma etapa intermediária, livre de cobrança por audiência e burocracia de captação de recursos. Mariani, que atuou como produtor em "O Cheiro do Ralo" e "À Deriva", estreia como diretor. "Se não fosse pelo edital, não sei se estaríamos dirigindo. É difícil mudar de posto no cinema", diz. "Geralmente, os jovens já fizeram um curta e sonham em fazer um longa. O telefilme é um processo entre um e outro", explica Maria Thereza Bosi de Magalhães, coordenadora da Unidade de Fomento e Difusão da Produção Cultural, entidade ligada à secretaria estadual, que financia o projeto desenvolvido em parceria com a Cultura. A próxima temporada de telefilmes terá como tema a música. O resultado dos quatro títulos que serão contemplados com orçamento de R$ 600 mil cada um será divulgado em julho. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |