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Crítica

Drama dirigido por Cimino é difícil de ver e de esquecer

CÁSSIO STARLING CARLOS
CRÍTICO DA FOLHA

O fluxo incessante de ficção na TV tem a vantagem de mostrar que os filmes se separam em dois tipos: os fáceis de assistir e de lembrar, os difíceis de ver e de esquecer. O grosso cabe no primeiro time. "O Franco Atirador" (TCM, 15h55) está entre os raros exemplos do segundo.

Em 1978, esse drama dirigido por Michael Cimino foi interpretado como um painel sobre os efeitos da Guerra do Vietnã, exemplar maior da leva de filmes com que os cineastas da Nova Hollywood representaram o trauma e promoveram a catarse. A recepção ficou simbolizada por uma enxurrada de Oscar.

Vista longe desse contexto, a saga amplia sentido. Sua grandeza e sua dor são proporcionais à intensidade com que Cimino se reapropria de mitos construídos pelo próprio cinema para destroçá-los.

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