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Crise leva investidor à praia em 'Preamar' HBO estreia série sobre homem de meia-idade que enxerga na faixa de areia carioca oportunidades de negócios Treze episódios do 1º ano custaram R$ 14,8 milhões ao todo; segunda temporada não está confirmada ELISANGELA ROXODE SÃO PAULO A crise de 2008 é o mote da série "Preamar", que estreia hoje com 70% das cenas gravadas em praias do Rio. Na trama, o investidor Velasco (Leonardo Franco) afundou com a queda do mercado mundial. Mas se "esqueceu" de deixar a família a par da ruína. Preferiu dizer que tirou um ano sabático. Quando a série de 13 episódios começa, ele passa os dias observando a praia de seu apartamento à beira-mar e caminha sem rumo pelo calçadão. O olhar treinado para investimentos fita a areia e vê oportunidades de negócio. "Velasco é alguém que conhece o jogo do mercado. Enxerga na praia um espelho informal do comércio formal que praticava", explica o autor do argumento, o produtor Estêvão Ciavatta. A temporada no lar também aproxima o protagonista do "crash" doméstico que ele ignorava. Sua mulher vive alienada entre socialites, a filha atravessa a crise da adolescência e o filho inicia carreira no tráfico de drogas. Para Franco, ele mesmo um empresário das artes -construiu o teatro Solar de Botafogo, no Rio-, o personagem representa uma mudança de maré na carreira: do teatro para um primeiro grande papel na TV. "Quando me preparava para gravar a primeira cena como Velasco, na varanda do apartamento, com a vista do mar e o cheiro da maresia, pensei: 'Mereço estar aqui'." A conversa com Ciavatta começou um ano antes da crise, em 2007, quando a HBO o convidou para apresentar uma proposta de série com a beira-mar como cenário. A crise subsequente completou o argumento. A Ancine (Agência Nacional do Cinema) liberou a captação de R$ 14,8 milhões, orçamento total da série. Cem por cento independente, a produção contribuirá para que a HBO cumpra as cotas estipuladas para a exibição de programas nacionais no horário nobre, conforme previsto na nova lei da TV paga (ainda em regulamentação). Uma segunda temporada ainda não está confirmada. Ciavatta, porém, garante que há fôlego para pelo menos mais cinco marés. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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