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Coleção destaca a harmonia da obra do designer Eero Saarinen

Volume que chega às bancas em 3/6 celebra as criações do artista

DE SÃO PAULO

"Uma cadeira é um contexto para quem nela se senta. Não deve ser apenas bela, mas oferecer um contexto sedutor, sobretudo se é usada por uma mulher", resumiu em entrevista o designer Eero Saarinen (1910-1961).

O produto inusitado da imaginação deste artista forma o quarto volume da Coleção Folha Grandes Designers, que chega às bancas no próximo domingo, dia 3/6.

A carreira de Saarinen dividiu­-se igualmente entre as atividades de arquiteto e de designer.

O artista tem a sua assinatura em alguns dos edifícios mais importantes do pós-Guerra norte-americano, como o centro técnico da General Motors, a capela e o auditório do MIT, além de um dos terminais do Aeroporto JFK, em Nova York.

Saarinen recebeu diversos prêmios por criações como a poltrona "Tulip", peça famosa do design de móveis.

O designer é hoje considerado um dos mestres da arquitetura americana do século 20. Desenhou, também, vários outros móveis de grande sucesso, entre eles a coleção Womb (1947-1948), cujas poltronas de braços acolhedores parecem envolver o usuário.

Quando Saarinen criava seus móveis, de formas orgânicas que tentavam imitar a estrutura do corpo humano, não pensava no design como algo isolado, mas em uma relação harmônica com o ambiente em que o instalariam.

Costumava dizer que seu objetivo era fazer com que os cômodos mantivessem a hospitalidade que se espera de um lar, com total interação com os móveis. A busca pela harmonia entre lugar e objeto tornou-se uma característica básica de suas peças.

Com formas curvilíneas projetadas a partir de estruturas inusitadas e cores marcantes, seus objetos tornaram-se grandes ícones do design contemporâneo.

REINVENTORES

Dividida em 20 volumes, essa coletânea traz uma seleção de alguns dos mais inventivos artistas e obras do design internacional.

Além de nomes conceituados, como os dos italianos Vico Magistretti e Antonio Citterio, a coleção apresenta novas personalidades que hoje redefinem a estética, como o inglês Jasper Morrison e o israelense Ron Arad.

Por meio da reunião de grandes artistas que se dedicam de forma desmedida a ajudar a "redesenhar o cotidiano", a coletânea propõe ampliar a percepção estética.

No fim, torna-se claro que os olhares reunidos se empenharam em reconstruir a forma de perceber o mundo.

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