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Criolo leva 3 troféus em prêmio nacional

Rapper vence como revelação, cantor e disco de pop/rock/reggae/hip-hop/funk no Prêmio da Música Brasileira

Cerimônia previsível resultou sem graça, mesmo na homenagem a João Bosco; Cauby foi aplaudido de pé

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

"Esse é o cara", dizia João Bosco, apontando para Criolo, após a cerimônia do Prêmio da Música Brasileira, anteontem à noite, no Theatro Municipal do Rio.

Era o homenageado da premiação elogiando seu maior vencedor -o rapper paulista foi eleito a revelação do ano e levou ainda os troféus de cantor e disco ("Nó na Orelha") em sua categoria, a abrangente pop/rock/reggae/hip-hop/funk.

"Reconhecimento, de quem quer que seja, é sempre valioso", disse Criolo nos bastidores. "O fato de eu estar aqui é uma construção coletiva, muita gente me ajudou."

Sua consagração no mais tradicional prêmio musical do país fecha o ciclo de pouco mais de um ano desde o lançamento de seu primeiro disco. Nesse período, ascendeu como um foguete, colecionando troféus, fãs e elogios da nata da MPB.

Assim, sua vitória pode ser considerada correta, previsível e, por isso, sem maiores emoções -e o mesmo pode ser dito sobre a 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira.

De onde mais se esperava algum frescor -as apresentações de convidados ilustres cantando sucessos de João Bosco-, não saiu nada memorável. O palco imenso, o clima formal, as músicas complexas e alguns problemas técnicos inibiram e limitaram boa parte dos artistas.

Os melhores foram Ney Matogrosso, com uma canção menos conhecida ("O Cavaleiro e os Moinhos"), e Criolo, com uma das mais populares ("De Frente pro Crime").

A premiação, bem apresentada por Luana Piovani e Zélia Duncan, foi marcada por várias "dobradinhas", em que o melhor intérprete de cada categoria levou também o troféu de melhor álbum.

Além de Criolo, Dori Caymmi (MPB), Alcione (canção popular) e o desconhecido Herbert Lucena (regional) -um dos méritos do prêmio, aliás, é destacar artistas de fora do eixo Sul-Sudeste.

Nenhum vencedor faz discurso de agradecimento, o que acelera muito a já longa cerimônia, mas também elimina qualquer chance de emoção -o mais perto que se chegou disso foi com Cauby Peixoto sendo aplaudido de pé ao pegar seu troféu.

Além dele, só Bosco teve tal saudação da plateia, ao subir ao palco no final para cantar quatro sucessos.

A Globo exibe um compacto da premiação no próximo dia 24, após o "Fantástico".

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