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Poeta original ficou triste ao se ver retratado

DE SÃO PAULO

Apesar do poeta de "Febre do Rato" se chamar Zizo, o homem que o teria inspirado não se vê no filme.

"A única hora em que me vi foi quando ele monta o jornal", conta José Maria de Lima Filho, ou Zizo, que começou a publicar folhetos de poesias no Recife em 1982.

Zizo, aos 62 anos, é uma figura doce. Vende seu panfleto poético "Caos" por R$ 2 com a ajuda de amigos de copiadoras recifenses, que tiram 50 cópias de graça para ele.

Diz que gostou do filme de Cláudio Assis, principalmente da interpretação de Santos, mas que nunca tirou a roupa em público ou fez sexo com mulheres mais velhas em uma caixa d'água no quintal de casa.

"Isso é mais coisa de Miró. Eu fiquei bastante triste por Cláudio não o ter colocado no filme, disse a ele que era uma injustiça", diz Zizo, citando outro poeta marginal da cidade.

"Não sou de sair recitando e jamais tiraria a roupa. Gosto de ficar escondido", confessa Zizo, que aparece no filme estranhamente sem sua obsessão: "Tenho fetiche por absorventes femininos".

(RS)

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