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Revelação do teatro inglês terá peça encenada em São Paulo

DE SÃO PAULO

"As pessoas ainda têm medo de Shakespeare", afirma Nina Raine, 36.

Com a frase, a diretora e dramaturga britânica, que não costuma dar cursos, explica o motivo do workshop que ministrou no teatro Cultura Inglesa, em São Paulo, na semana passada.

Desde 2006 -quando recebeu os prêmios Evening Standard's Charles Wintour e o Critics' Circle Theatre como dramaturga mais promissora- Raine vem chamando a atenção da crítica inglesa.

Durante um exercício em que os alunos caminhavam pelo palco para estudar o espaço, ela observou: "Está diferente do que seria se fosse realizado por ingleses. Vocês têm a percepção do outro, isso se nota no movimento".

Raine também veio acompanhar dois ensaios abertos da Cia. Delas de Teatro, que encenará sua peça "Rabbit" em agosto no teatro Eva Herz.

Filha de Craig Raine, importante poeta britânico contemporâneo, ela reconhece uma certa familiaridade entre sua escrita e a do pai. "Temos interesses por situações trágicas e histórias tristes."

Raine comenta a formação de um movimento de jovens dramaturgas em torno do Royal Court Theatre, onde ela própria iniciou sua carreira, como assistente de direção.

O nome de Sarah Kane (1971-1999) surge na conversa. Ela, que com cinco peças revolucionou o teatro britânico no fim do século 20, sobressai como referência de jovem teatróloga britânica, ao menos para o público geral.

Raine, porém, acha que a influência que Kane possa ter tido nessa cena nascente é menor do que se imagina.

"O teatro de Kane é exportável, por isso é muito encenado no mundo. Ela conseguia transpor detalhes locais para outros lugares, torná-los universais." (MARCIO AQUILES)

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