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Crítica

Resnais fala com franqueza do desejo humano em 'Ervas Daninhas'

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Uma cena no início de "Ervas Daninhas" (TC Cult, 22h, 12 anos) chama a atenção: André Dussolier está num estacionamento, quando duas jovens vestidas de forma provocante passam por ele. Ele lamenta, primeiro, tamanha vulgaridade. Logo depois se pergunta por que a vulgaridade é tão excitante.

Esqueçamos o que vem depois, isto é, sua batalha para chegar na dentista-aviadora Sabine Azéma. Este filme feito por Alain Resnais, aos 88, transpira vitalidade, alegria, inquietação -bem mais, para falar com franqueza, que 99% do cinema mundial.

Ele nos fala com franqueza dessa presença indesejável, anárquica, talvez caótica, mas incontornável, que é o desejo humano. Ele nos fala com clareza, energia e classe.

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