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Crítica soul rock Disco é daqueles que ganham o ouvinte na primeira audição RODRIGO LEVINOEDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA” "Boys & Girls" é um daqueles discos que caem na sua mão e já na primeira música você pensa: "Cara, como eu não conheci isso antes?". Primeiro por causa da voz de Brittany Howard, que celebra com um timbre rouco (que vai do sensual ao debochado com rara facilidade) a tradição das grandes cantoras americanas de soul. Impressiona o tanto de domínio aos 22 anos de idade. Há quem ouça ecos de Janis Joplin no conjunto de canções da banda, mas é preciso cavar um pouco mais. Brittany é herdeira de Ruth Brown e Bessie Smith. Às canções que seguem a receita "casos de amor-contidianidades", a banda juntou riffs de guitarra setentista. O resultado surpreende. Do repertório, saltam "Hold On", "I Found You", "Heartbraker", além da que dá nome ao álbum. Naquela, que abre o disco, ela começa pedindo bençãos, afinal "não imaginava que chegaria aos 22 anos". Seria um desperdício caso não. "Boys & Girls" é um disco imprescindível não por trazer algo de novo, mas por ser movido a puro talento. Dá gosto de ouvir e ver um "hype" tão bem justificado.
BOYS & GIRLS |
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