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Tommy Lee Jones e Meryl Streep vivem casal em crise sexual

Depois de 30 anos de casamento, personagens de "Um Divã para Dois" buscam ajuda para salvar a relação

Atriz, vencedora do Oscar deste ano, passou por cenas de sexo oral e de masturbação no filme de David Frankel

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

Meryl Streep, que nos últimos anos apostou em papéis fortes baseados em mulheres reais, volta a fazer uma dona de casa comum, entediada com o casamento, na comédia dramática "Um Divã para Dois", que estreia hoje.

Não que seja um trabalho menos corajoso: a atriz de 63 anos passa por uma cena de sexo oral dentro de um cinema, leva bananas para o banheiro para aprender a técnica e ainda finge se masturbar debaixo dos lençóis.

"Fingir? Quem disse que eu estava fingindo?", disse Streep com uma risada, num evento para jornalistas estrangeiros em Los Angeles.

Ao seu lado estava Tommy Lee Jones, seu marido na história, um contador que gosta de ver programas de golfe, dorme no quarto de hóspedes e deixou há muito tempo de dar atenção à mulher.

Até que ela o convence a viajar para uma cidadezinha para encontrar um famoso terapeuta de casal (Steve Carell, num tom sério).

FANTASIAS PERDIDAS

Nas sessões um tanto incômodas, os dois vão ter que falar de sexo, de suas fantasias sexuais e das coisas perdidas no caminho do casamento de mais de 30 anos.

"Não ficamos nervosos. Somos pagos para isto. Todo dia era apenas como mais um dia no escritório", disse Lee Jones, 65, respondendo sobre como foi lidar com os temas "desconfortáveis" do filme.

Streep o interrompeu para ajudar: "O amor é desconfortável. Amar alguém de verdade é desconfortável".

"Este filme é uma oportunidade para falar intimamente de coisas que têm importância para gente da nossa idade de uma forma como não se vê nos cinemas."

Para ela, "Um Divã para Dois" é o "Namorados para Sempre" de sua geração, filme de 2010 sobre o relacionamento tumultuado de um jovem casal (interpretado por Ryan Gosling e Michelle Williams).

PÍLULAS DE SABEDORIA

O novo filme é dirigido por David Frankel, mesmo diretor de "O Diabo Veste Prada" (2006), também protagonizado por Streep.

Lee Jones e a atriz, vencedora do seu terceiro Oscar neste ano por "A Dama de Ferro", fugiram como puderam das perguntas pessoais sobre seus próprios casamentos, mas deram pílulas de sabedoria sobre relacionamentos de longo prazo.

"As mulheres fazem das relações uma religião, elas estudam para fazer acontecer. Os homens não. Mas isto é apenas uma generalização", disse Streep.

Não que eles se importem menos, segundo o ator. "É que na vida existe este sistema, cada um com um papel, e as pessoas entram no piloto automático."

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