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Grupo é produto da Daptone, a "casa do soul"

DE SÃO PAULO

Não é só porque se insere no cenário de revival do afrobeat que The Budos Band se tornou cult.

Parte da fama do grupo vem do fato de eles integrarem o que o saxofonista Jared Tankel chama de "família Daptone", em referência à gravadora que abriga a eles e também ao Antibalas.

O pequeno selo Daptone Records, que tem à frente o músico, produtor e engenheiro de som Gabriel Roth, tornou-se a "casa do soul".

A partir de um espaço no Brooklyn, em Nova York, Roth criou uma sonoridade vibrante, inspirada na música negra feita nos anos 1960 e início dos 1970.

Ali, em salas que reproduzem os estúdios de gravadoras clássicas como Motown ou Stax, saíram impecáveis discos de soul, funk e gospel, de cantores como Sharon Jones and The Dap-Kings, Charles Bradley, Naomi Davis e Lee Fields.

"O Daptone foi fundamental para o nascimento desta cena [de soul, funk] nos anos 2000", diz Tankel. "Eles são criativos em relação aos álbuns que lançam e à maneira como gravam, muito atentos aos detalhes."

A opinião de Tankel é compartilhada pelo jornal "New York Times" e pela revista "New Yorker", duas das muitas publicações que fizeram longos perfis sobre a gravadora e Gabriel Roth.

A qualidade das canções é creditada a sua maneira de trabalhar. "Gabriel gravou nossos discos ao vivo, registrando a energia do momento em fitas de rolo e sem manipulações posteriores em computador", diz.

Foi por isso que Amy Winehouse escolheu Roth como engenheiro de som de "Back to Black" (2006), CD que vendeu mais de 20 milhões de cópias.

(AFS)

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