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Crítica

Kiarostami aborda identidade e intimidade em 'Cópia Fiel'

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

Em "Cópia Fiel" (Max, 21h, livre) existe, para começar, um escritor e uma marchand de arte. Eles viajam pela Itália discutindo uma questão: a da cópia (assunto do livro dele). Veem-se a horas tantas numa cidadezinha. E, um pouco depois, sabemos que esses estranhos foram, um dia, casados.

Com o perdão do resumo, que dizer disso tudo? Que as pessoas nunca se conhecem, sobretudo as que já foram casadas? Pode até ser. Mas tenho a impressão de que Abbas Kiarostami dedica-se bem mais, aqui, a destruir o princípio da identidade.

Ou: essa ilusão do um, de que somos um, o tipo que aparece no RG.

Talvez Kiarostami tenha razão: somos muitos, até idênticos, por vezes, a esse original que não existe.

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