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Crítica Ação Amontoado de porrada, 'Dredd' é impróprio para humanos LEONARDO CRUZEDITOR DO “TEC” Ao ver as primeiras cenas de "Dredd", é impossível não se lembrar de "Robocop". Como o policial do longa de 1987, o Juiz Dredd deste filme é um vigilante a serviço da lei, com autonomia para perseguir, julgar e executar suspeitos sumariamente, em um futuro sombrio e decadente. A semelhança é natural, pois os dois personagens bebem da mesma fonte: a HQ inglesa "Judge Dredd". O que surpreende é como dois filmes de mesma matriz sejam tão distintos. Enquanto Robocop era um ciborgue atormentado pelo passado humano e que se voltava contra a ordem totalitária, o Juiz Dredd é um carniceiro sem alma a serviço desse mesmo poder. No novo filme, Dredd se vê preso numa enorme favela vertical ao investigar um triplo homicídio. Para sair de lá vivo, terá de passar a régua nos traficantes do pedaço. Dito e feito: segue-se um amontado sem sentido de sequências de tiroteio. O único vislumbre de sanidade na fita está na parceira de Dredd, a médium Anderson, para quem matar não resolve problemas. Mas é muito pouco. Impróprio para humanos, "Dredd" só tende a agradar aos bárbaros que acham que o papel da polícia é atirar primeiro e perguntar depois. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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