Texto Anterior
|
Próximo Texto
| Índice | Comunicar Erros
Cinema Diretores de sucesso indie lançam nova comédia Dupla responsável por 'Pequena Miss Sunshine' retorna com 'Ruby Sparks' Longa foi escrito por neta do diretor Elia Kazan e traz Paul Dano como autor que mistura ficção e realidade RODRIGO SALEMENVIADO ESPECIAL AO RIO Quando a comédia "Trabalho Sujo" estreou no Brasil, no começo do ano, o cartaz trazia a frase: "Dos mesmos produtores de 'Pequena Miss Sunshine'". O truque foi usado em outros filmes. Os produtores queriam tirar uma casquinha de um dos maiores sucessos independentes do cinema americano. De longe, os verdadeiros donos da obra -o roteirista Michael Arndt e o casal de diretores Jonathan Dayton e Valerie Faris- viram filmes pouco relevantes minarem a credibilidade da marca. Arndt emplacou um emprego em "Toy Story 3". Mas a dupla não fez nenhum longa neste intervalo de seis anos. Até o surgimento de "Ruby Sparks", que estreia hoje após passar pelo Festival do Rio. "Foi difícil ver várias produções saindo com a marca 'Miss Sunshine'", reclama Dayton. "Aquilo me incomodou, mas não dá para evitar, porque o longa foi muito popular", contemporiza Valerie. O irônico é que "Ruby Sparks" também tem pouco em comum com o grande sucesso do casal. O projeto, romance fantasioso entre criador e criatura, foi concebido pela atriz Zoe Kazan, neta do diretor Elia Kazan (1909-2003). Ela convocou o namorado, o ator Paul Dano ("Sangue Negro"), escalou-se no papel feminino principal e passou o roteiro para Dayton e Valerie, amigos de Dano, tomarem conta da direção. "A única coisa que sabíamos quando recebemos o projeto era que os dois seriam os atores", lembra Dayton. "Trabalhamos por nove meses e fizemos 17 versões do roteiro. Ela entendeu nossas intervenções e não criou grandes confusões", diz Valerie. A grande diferença entre o filme que está nos cinemas e o roteiro original é a história de amor. A primeira versão era sobre um jovem e brilhante escritor lidando com a morte do pai e um período pouco inspirador para seu novo livro. Agora, o jovem escritor ganhou uma namorada, que seria a versão em carne e osso da personagem que está nas páginas de seu romance. A partir daí, o roteiro passa a brincar sobre insegurança masculina, bloqueio criativo e possessão. "Tentamos simplificar e aumentar a história de amor entre os dois. E o fim também é diferente", revela o diretor. O fato de ser um casal dirigindo outro não afetou a produção. "Ninguém notava. Somos bem profissionais", brinca Dayton, que namora Valerie desde o fim dos anos 1970 e tem três filhos com ela. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |