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Escritor

Ágata mata os pais, Carminha e Max, por causa de maus-tratos

MARCELINO FREIRE
ESPECIAL PARA A FOLHA

Nada do Divino. Estamos é na Cidade de Deus. Descobrimos no último capítulo. Mais uma referência cinematográfica que João Emanuel Carneiro faz em sua novela. Desta vez ao cinema brasileiro. Explico: dá-se um close na cara do assassino do Max. Na verdade uma assassina: é a Ágata. Sim, a menina gordinha, humilhada pela mãe, a Carminha. Meu Cristo! Que pecado! Ela matou o próprio pai. Chamemos o juizado de menores. Ágata é a chefe de uma miniquadrilha.

Desde pequena que ela se organiza. Reúne as crianças do lixão. E as da ONGs que ficaram sem o dinheiro de caridade do Tufão. Elas resolveram contra-atacar pelos maus-tratos. Os descasos de um país que joga a infância ao lixo. Pagar-se-á, sim, com a mesma moeda. Nem adianta reclamar. O ódio acabará sendo recíproco. Carminha terminará no aterro, enterrada. Suplicando por socorro e nada. Ágata chamará a Nina para atirar a última pá por cima. Uma legião de meninos e meninas vingados, como na televisão nunca se viu.

MARCELINO FREIRE, 45, é autor de "Amar É Crime" (Edith) e criador da Balada Literária (www.baladaliteraria.zip.net).

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