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Ambicioso, Planeta Terra chega ao ano 6

Agora no Jockey Club, festival oferece a 30 mil pessoas nomes consagrados como Kings of Lion, Garbage e Suede

Caráter alternativo do evento é preservado em palco "indie" com shows de Gossip, The Drums e Maccabees

THALES DE MENEZES
EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”

O festival Planeta Terra chega hoje à sexta edição, no terceiro lugar diferente. E com a escalação mais consistente desde a estreia.

Iniciado em 2007, na Vila dos Galpões, e festejado como uma porta no Brasil para as bandas estrangeiras consideradas "indies" -independentes, que gravam por pequenos selos-, o festival foi aos poucos recebendo atrações de maior peso.

Nos dois últimos anos, já no Playcenter, os principais nomes foram bandas com grande apelo comercial: Smashing Pumpkins (2010) e Strokes (2011).

Hoje, no Jockey Club, traz um grupo habituado a fechar os maiores festivais dos planeta. O Kings of Lion foi headliner de Glastonburry (Inglaterra) e do Coachella (EUA).

Há dois anos, a banda se apresentou em Itu (SP), no primeiro festival SWU. Em 2005, ainda iniciante, tocou no Tim Festival.

Antes do quarteto americano, o palco principal do Planeta Terra terá duas bandas nascidas nos anos 1990 com imenso sucesso popular à época: Garbage e Suede.

Coincidentemente, ambas se apresentam no Brasil pela primeira vez. Em entrevista à Folha, a vocalista do Garbage, Shirley Manson, disse que quer compensar a longa espera dos fãs brasileiros.

"Nossa fase atual é uma volta ao começo, de 1995. Não por acaso, acho que fizemos os melhores shows da carreira na atual turnê, com muita confiança e ótimo entrosamento", diz a cantora.

O grupo lançou este ano "Not Your Kind of People", primeiro álbum de inéditas em sete anos. O disco saiu pelo selo Stunvolume, criado pela própria banda.

"A nossa relação com a gravadora antiga quando lançamos 'Bleed Like Me' (2005) era muito ruim, eles queriam nos impor regras e tínhamos muitas dores de cabeça. Hoje, a gente decide o que tocar. Isso explica, por exemplo, por que demoramos tanto a tocar na América do Sul, até nisso eles nos atrapalhavam", conta Shirley.

Já o Suede, liderado pelo cantor Brett Anderson, traz ao Brasil uma turnê baseada em antigos sucessos. "Acabamos de gravar um novo álbum, mas o repertório no festival vai ser baseado em nossas músicas mais conhecidas", diz o vocalista.

Essas três atrações consagradas seguram o interesse do público, que pode chegar a 30 mil pessoas no Jockey Club -50% a mais do que na edição passada.

Mas o evento mantém um pé na cena independente. O segundo palco não leva o nome de Indie Stage à toa.

Nele vão passar nomes incipientes como Little Boots, Maccabees, Azealia Banks e The Drums. De mais famoso, o dançante Gossip, da cantora gordinha Beth Ditto.

Os brasileiros também são alternativos, com Banda Uó, Madrid e Mallu Magalhães.

Em seu ano mais ambicioso, o Planeta Terra tem a sorte de perder seus concorrentes no segundo semestre: o Rock in Rio, que só volta em 2013, e o SWU, que não viabilizou sua terceira edição.

Colaborou FABIAN CHACUR, colaboração para a Folha

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