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Crítica série

Garotas nerds deixam 4º "Big Bang Theory" ainda melhor

Produtores mexem no roteiro, separam casal e melhoram o que já era bom

RICARDO FELTRIN
EDITOR E COLUNISTA DO F5

Algumas pessoas não acreditam ou não conhecem o surrado ditado que reza que "em time que está ganhando não se mexe". Muito menos quando o time está ganhando de lavada.
É o caso dos produtores Chuck Lorre e Bill Prady, que temerariamente mexeram no time vencedor de "The Big Bang Theory" e, fato raro, melhoraram o que já era praticamente perfeito: o roteiro e os personagens deste que é um dos melhores seriados de humor de todos os tempos, no mesmo nível de "Seinfeld" ou "Friends".
Lorre e Prady acabam com o divertido "affair" entre a sonhadora Penny (Kaley Cuoco) e o inseguro Leonard (Johnny Galecki), arrumam uma namorada fixa para o tarado Howard Wolowitz (Simon Helberg) e, risco dos riscos, introduzem uma nova personagem para interagir e, possivelmente, namorar o gênio idiossincrático Sheldon Cooper (Jim Parsons, dois Prêmios Emmy de melhor ator de comédia, em 2010 e 2011).
A eleita não poderia ser mais sob medida: Mayim Bialik, veterana comediante e consagrada pelo seriado "Blossom", nos anos 1990.
Bialik, que na vida real é Ph.D. em neurociência, faz o papel de Amy Farah Fowler, uma neurobiologista racional, que nunca ri, mas que, na turma de gênios (Penny obviamente excluída), é a única capaz de rivalizar e até acalmar Sheldon.
O mais divertido é que nos primeiros episódios desta temporada, Amy Farrah é sexualmente dúbia. Ora ela se mostra interessada em homens (ao ponto de soltar gritinhos de dor e prazer), ora quer fazer "descobertas" lésbicas. Especialmente se for com a cada vez mais manguaceira e linda Penny.
Penny, por sua vez, separada de Leonard, se aproxima de outra personagem, sua colega garçonete interpretada por Melissa Rauch -a microbiologista Bernadette Maryann Rostenkowski. Bernie é enfim uma namorada não imaginária de Wolowitz.
Se alguém perde algo é Raj Koothrappali (Kunal Nayyar), especialista em astrofísica. Ele vê o melhor amigo (Wolowitz) se distanciar por causa do namoro com Bernadette e continua com bloqueio para falar com mulheres.
A quarta temporada tem outras novidades, como efeitos especiais até então inexistentes (particularmente no hilário episódio "A Recombinação da Liga da Justiça").
O texto continua cientificamente verborrágico e, surpreendentemente, muito engraçado. As tiradas são tão boas ou melhores que as de temporadas anteriores. Sinal de que o seriado tem sobrevida por mais alguns bons anos.
Uma alegria para os nerds e para o "pobre" Lorre, que passou o ano engalfinhado com Charlie Sheen -o ator foi expulso do agora decadente "Two and a Half Men", com Ashton Kutcher.

THE BIG BANG THEORY - 4ª TEMPORADA
DISTRIBUIDORA Warner
QUANTO R$ 89 (DVD) e R$ 140 (Blu-ray)
CLASSIFICAÇÃO 12 anos
AVALIAÇÃO ótimo

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