São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2010

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ILUSTRÍSSIMA SEMANA
EXPOSIÇÃO

Sergio Camargo
A retrospectiva em homenagem ao escultor reúne trabalhos que ele produziu desde os anos 60. Em entrevista à Ilustríssima, o crítico de arte Alberto Tassinari diz que "Sergio Camargo é responsável pela maturidade da escultura brasileira no que toca à junção e ao contraponto de volumes e linhas. As arestas e volumes de suas obras repercutem em obras de Waltercio Caldas, Tunga, Iole de Freitas, Arthur Lescher, Paulo Monteiro, Esther Grinspum,Claudio Cretti... bem,não é possível citar todos, pois é uma lista interminável de artistas que de um modo consciente, ou mesmo sem se dar conta, se fecunda na pesquisa fundamental de Sergio Camargo sobre a importância da interação da matéria, do volume, da linha e da luz na escultura moderna". A exposição será aberta no próximo sábado. Para o curador da mostra, o crítico Paulo Venancio Filho, "Camargo foi um renovador e inventor, no caso dos seus relevos clássicos dos anos 60, na linhagem de um Brancusi e um Arp, com os quais está de igual para igual". Durante a mostra, será exibido o documentário "Se meu Pai Fosse de Pedra", dirigido por Maria Camargo, filha do artista, e haverá palestra do curador.
Instituto de Arte Contemporânea
São Paulo | De 14/8 a 24/10

LIVRO

MARINA WEFFORT
A exposição "Still Life" reúne duas séries de trabalhos realizadas pela artista paulistana: na primeira, ela cria composições a partir de objetos como pedras, garrafas e xícaras; a segunda traz aquarelas que dialogam com o cotidiano e com a série anterior. Galeria Marília Razuk
São Paulo | De 7/8 a 4/9

ARTES VISUAIS

BORIS KOSSOY - FOTÓGRAFO
Balanço da obra do fotógrafo e professor na ECA-USP, o livro traz imagens feitas desde os anos 50. "Suas fotografias, tenham elas intenções realistas ou fantásticas, superpõem ao universo visível uma camada de sugestões misteriosas", diz o crítico Jorge Coli em texto de apresentação. Inclui entrevistas comKossoy. Cosac Naify/ Imprensa Oficial - SP/ Pinacoteca - SP
216 págs. | R$ 69

"O poema como meio de transporte"

Três perguntas para Alberto Martins, que está lançando o livro de poemas "Em Trânsito" (Companhia das Letras, 112 págs., R$ 33)

O que pensa sobre a poesia brasileira contemporânea?
Por um lado, ela tem um campo aberto de experimentações à sua frente no que diz respeito a matérias, tons e perspectivas. Ela já não se caracteriza por demarcação de campos e dicotomias -o que é muito bom. Por outro lado, sofre as difíceis condições de toda aventura artística nos dias de hoje, com enorme fragmentação do campo da cultura e da política e, consequentemente, vive a falta de experiências coletivas realmente significativas.Em suma, tem bons desafios pela frente.

Como surgiu o livro "Em Trânsito"?
Os poemas surgiram,em grande parte, da experiência de estar na cidade, de andar na cidade, de usar o ônibus, o trem, o metrô. Foi esse deslocamento no espaço e no tempo que acabou estruturando o livro em suas três partes, todas elas endereçadas ao leitor "comum, usuário,/ que neste mundo engarrafado/ usa o poema/ como meio de transporte".

Você se considera um poeta em trânsito?
Eu me considero em trânsito em vários aspectos. Como poeta também -pois as últimas coisas que escrevi tendem à compactação gráfica da prosa.


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